Fundada em 1862, e propriedade do estado chinês, a Changan produziu o seu primeiro automóvel somente em 1959: o Chanjiang Type 46, que foi, também, o primeiro automóvel fabricado na China. Aliás, a construção de automóveis tornou-se determinante para a empresa sedeada em Chongqing apenas durante a década de 1980, pouco tempo antes (1983) da assinatura de um acordo de parceria industrial e técnica com a Suzuki (1984) eu esteve na origem do modelo Star. E, apesar dos seus 163 anos de existência, mesmo assim, o nome da marca surgiu numa viatura (o Benni) somente em 2006.
Vem esta cronologia a propósito de a Changan ter, recentemente, anunciado a produção de 30 milhões de automóveis, o que sucede menos de cinco anos depois de comemorar a unidade 20 milhões (2021), facto que confirma o ritmo rápido do crescimento de uma marca que o Grupo Auto-Industrial introduziu, recentemente, no nosso país (neste momento, na gama, apenas dois modelos, ambos com o formato SUV e motorização 100% elétrica, o Deepal S05 e o Deepal S07). E, para fabricar os primeiros 10 milhões de carros, o construtor chinês necessitou de 30 anos.
O automóvel 30 milhões integra a gama Avatr, submarca com posicionamento premium, e que produz apenas automóveis totalmente elétricos com baterias CATL, empresa chinesa que detém uma participação acionista nesta divisão da Changan, contando, ainda, o construtor chinês com as divisões Nevo e Deepal, também especializadas em elétricos e híbridos plug-in, e Kaicene, para o fabrico de comerciais ligeiros e monovolumes.
Em novembro, a Changan vendeu cerca de 283 000 automóveis (entre os quais mais de mais de 125 000 foram elétricos e híbridos plug-in), o que representou, na comparação com o mesmo mês de 2024, um crescimento de 23%. Nos mesmos períodos, as exportações progrediram 47% (55 000 unidades). Em 2024, a Changan fabricou 2 683 798 automóveis, registo que superará, facilmente, em 2025, tendo como ambição superar a fasquia dos 5 milhões de automóveis/ano até 2030 – o número considera que 60% elétricos e híbridos plug-in, e que 30% se destinem aos mercados de exportação.










