Em 2022, George Russell chegou à Mercedes e, contra as expectativas, foi consistentemente mais competitivo do que o colega Lewis Hamilton – alcançando inclusive a única vitória da equipa. Já este ano, apesar da experiência acumulada, o mais novo dos britânicos teve dificuldades para acompanhar o heptacampeão, somou apenas dois pódios e foi oitavo – Hamilton terminou em terceiro com seis pódios.
O antigo piloto Jacques Villeneuve considera que ficou surpreendido com o desenrolar da época na Mercedes, mas explicou ao site PlanetF1.com que Russell teve alguns fatores que lhe facilitaram a tarefa em 2022: ‘É surpreendente. No ano passado ele entrou na equipa como rookie. O novo rapaz a vir da Williams. Tudo o que tinha de fazer era bater o Lewis, ele não se tinha de focar demasiado em lutar por vitórias. Portanto foi muito mais fácil para ele. O Lewis teve de reagir a perder um título no ano anterior e, de repente, não estar no carro com que pudesse ganhar facilmente. Penso que isso o afetou, demorou-lhe tempo a reagir. E isso tornou a vida do George fácil’.
O canadiano entende que o cenário foi diferente para Russell e Hamilton em 2023: ‘Este ano foi um pouco o oposto, porque o Lewis voltou a perceber que tem de trabalhar como costumava trabalhar no começo da carreira. E isso mudou um pouco o equilíbrio. O George entrou a pensar: «Bem, agora estou à frente do Lewis, posso lutar, sou um dos vencedores». Isso mudou também a mentalidade dele’.
Apesar dos acontecimentos deste ano, Villeneuve acredita que Russell continua a ter o que é preciso para fazer consideravelmente melhor: ‘Ele é super veloz. Ele esteve à frente do Lewis algumas vezes este ano, simplesmente… ele desperdiçou muitos pontos em Singapura. Isso foi mau’.