A Honda está a celebrar o 30º aniversário do CR-V, modelo que contribuiu, muito ativamente, para o crescimento do segmento dos SUV em todo o mundo. Lançado em 1995, conquistou, rapidamente, muitos condutores, somando já mais de 15 milhões de unidades vendidas globalmente.
A primeira geração foi desenvolvida à imagem do que eram os crossovers da época, podendo ser utilizada tanto em estrada como noutro tipo de terrenos. A marca posicionou-o como Active Mover, numa gama apelidada de Creative Mover, com o nome CR-V a corresponder ao acrónimo de Comfortable, Runabout Vehicle, embora a própria Honda tenha uma interpretação alternativa do mesmo: Compact Recreational Vehicle.
No desenvolvimento, a equipa por detrás do modelo adotou os princípios de “Think Right” e “Make Light”. O primeiro exigia à equipa de trabalho que antecipasse as tendências dominantes e o futuro do automóvel, enquanto o segundo pressupunha uma análise minuciosa do desempenho dinâmico, sobretudo se era possível conduzi-lo de forma agradável, simples e sem esforço.




Na época, o que hoje é conhecido como SUV eram, predominantemente, veículos de todo-o-terreno robustos e com tração integral, automóveis muito mais resistentes do que fáceis utilizar. A Honda quis mudar essa perceção, e o CR-V foi projetado para contar com cinco lugares e uma bagageira generosa, de forma a ajusta-se tanto às tarefas do quotidiano, como às atividades profissionais ou de lazer, independentemente da estação do ano, hora do dia, ou tipo de estrada.
A adoção da carroçaria monobloco permitiu baixar o centro de gravidade e aumentar a estabilidade, enquanto a distância entre eixos generosa (2,620 m) permitia que o habitáculo fosse mais espaçoso do que habitual na categoria em que o CR-V concorria. O contava com diversas soluções inovadoras, incluindo o piso plano, os bancos com encostos que podiam reclinar totalmente, e, até, mesas.
Na dinâmica, posição de condução sobrelevada, e comportamento semelhante ao de um ligeiro de passageiros comum. No capítulo da mecânica, a primeira geração dispunha de um 4 cilindros a gasolina de 2,0 litros e 126 cv. Este modelo acabou por ganhar grande popularidade, tendo mesmo levado a Honda a desenvolver modelo com características semelhantes, o HR-V, que lançou em 1999, e que registou vendas muito interessantes.
Na atualidade, o formato SUV é dominante no mercado automóvel, com o CR-V a contar com muitos rivais, mas a manter-se, ainda assim, como uma das propostas do género mais vendidas em todo o mundo. O modelo atual dispõe de soluções eletrificadas à medida do mercado europeu: na gama, híbrido (e:HEV) e híbrido plug-in (PHEV), o segundo com a particularidade de cumprir até 82 km em modo 100% elétrico.












