A Ferrari Tropeça Novamente: Uma Análise Profunda da Catástrofe da F1 no Qatar
Num Grande Prémio que deixou os fãs sem fôlego e os membros da equipa a coçar a cabeça, a performance da Ferrari no Grande Prémio do Qatar foi nada menos que um desastre. O Diretor da Equipa, Fred Vasseur, admitiu abertamente que a Scuderia lutou desde a primeira volta até ao amargo fim, revelando a dura realidade dos seus desafios contínuos.
A avaliação franca de Vasseur destaca deficiências gritantes na configuração do carro, que foram dolorosamente evidentes enquanto os pilotos Charles Leclerc e Lewis Hamilton lutavam com correções de direção ao longo da corrida. “Lutámos da primeira à última volta,” afirmou Vasseur, sublinhando a gravidade das suas dificuldades na pista. As regulamentações de pressão dos pneus Pirelli foram citadas como um fator contribuinte, mas Vasseur insiste que estas sozinhas não podem explicar as dificuldades da equipa em Doha.
A decisão da equipa de interromper o desenvolvimento do SF-25 em abril tem sido alvo de críticas, com Vasseur a defender a medida em meio a uma pressão crescente. “Estivemos no pódio há algumas corridas; isso mostra que o desenvolvimento não é o único fator,” argumentou, deslocando a culpa para a configuração do carro. “Este fim de semana, lutámos significativamente com a configuração, provavelmente ligada às especificações de pressão. Não tivemos um bom desempenho, e hoje foi apenas uma melhoria marginal.”
As revelações de Vasseur não param por aqui. A equipa também enfrentou problemas com a direção assistida, o que dificultou as suas avaliações preliminares e preparação. “Não é segredo que encontramos problemas com a direção assistida no início do fim de semana, o que provavelmente contribuiu para os nossos desafios de configuração,” explicou. A incapacidade de fazer os ajustes necessários durante a qualificação e a corrida sprint deixou-os a lutar para corrigir a situação, com Vasseur a admitir que começaram de uma desvantagem em comparação com os seus concorrentes.
Apesar das evidentes falhas de desempenho, Vasseur mantém-se resoluto na defesa da decisão de mudar o foco para o design do carro de 2026. “Quando decidimos concentrar-nos em 2026, não estávamos otimistas quanto a alcançar a McLaren até ao final do ano,” revelou. Esta decisão, insiste ele, foi sensata, embora reconheça que a cessação do desenvolvimento tornou difícil gerir as expectativas da equipa. “Tivemos os mesmos carros este fim de semana que há duas semanas, o que significa que o desempenho dependia mais das condições da pista do que de qualquer outra coisa,” observou.
No entanto, esta pausa no desenvolvimento amplificou indiscutivelmente a escrutínio da parte da mídia, com Vasseur a afirmar candidamente: “Não ajuda, mas faz parte do nosso trabalho. Quando conseguimos grandes resultados, somos campeões do mundo, mas durante sessões difíceis como esta, não estamos em lado nenhum.” A pressão é palpável, e a equipa deve manter-se focada nos seus objetivos.
À medida que a Ferrari navega por este período tumultuoso, as implicações são claras: mudanças precisam ser feitas, e rapidamente. Com o peso das expectativas sobre os seus ombros, a equipa deve reorganizar-se, analisar os seus erros e preparar-se para enfrentar o próximo desafio de frente. A pergunta permanece: conseguirá a Ferrari recuperar a sua antiga glória, ou será este o início de uma luta longa e prolongada? Só o tempo dirá, mas uma coisa é certa: a Scuderia não pode permitir-se falhar novamente.









