O Caos Rege em Condições Úmidas: Albon Critica a FIA Após Qualificação Turbulenta em Las Vegas
Num confronto eletrizante que deixou os fãs à beira dos assentos, Alex Albon e a sensação novata Gabriel Bortoleto enfrentaram uma batalha difícil durante a traiçoeira sessão de qualificação para o Grande Prémio de Las Vegas de 2025. O icónico circuito da Strip transformou-se num campo de batalha ensopado, onde a aderência e a visibilidade evaporaram como o sol num dia desértico, levando a uma série de eventos de cortar a respiração que acenderam discussões acaloradas em torno das decisões da FIA.
Ambos os pilotos foram dramaticamente eliminados na Q1, com Albon, a representar a Williams, a começar a corrida da 16ª posição, enquanto Bortoleto começará duas posições atrás dele. A pressão era palpável, e Albon não hesitou em expressar a sua frustração. “Frustrante de muitas maneiras,” lamentou para os repórteres após a sessão. “Infelizmente estávamos no grupo lento, onde penso que estavam o Lewis [Hamilton], eu, o Liam [Lawson]. Estava sempre a apanhá-los a todos e a entrar em ar sujo. Tive uma volta limpa, por isso tive que a fazer contar.”
Enquanto a chuva caía, a incredulidade de Albon em relação à decisão da FIA de continuar a sessão era evidente. “Estou surpreendido por estarmos a conduzir, para ser honesto. O aquaplaning na Curva 14 foi incrível. Era um pouco uma lotaria se o conseguias ou não. Mas sim, foi arriscado,” afirmou, claramente abalado pelas condições.
O circuito de rua de Las Vegas, embora notório pelos seus desafios, parecia aguentar-se melhor do que o esperado sob a chuva. “A pista molhada funciona porque não há curvas longas ou secções de alta velocidade que possam danificá-la. É travagem e aceleração em linha reta, o que é bom,” notou Albon. No entanto, ele não hesitou em admitir que as condições estavam perigosamente próximas do limite. “Acho que a Turquia 2020 ainda é pior, mas foi severa.”
A questão na boca de todos: Deveria a direção de corrida ter intervenido? Albon acredita que perderam uma oportunidade de pedir uma bandeira vermelha. “Acho que eles podiam ver que os carros estavam a aquaplanar e talvez pudessem ter feito algo sobre isso mais cedo,” argumentou, sugerindo que uma pausa poderia ter aliviado a aleatoriedade da situação.
Para Bortoleto, a chuva trouxe tanto emoção como uma crise de confiança. “Senti muito pouca aderência e não consegui extrair muita aderência nas últimas duas voltas. Perdi um pouco de confiança com o carro,” admitiu. O novato brasileiro descreveu as condições do seu cockpit como “zero aderência, muito mau, definitivamente o pior em que estive num carro de Fórmula 1.” Apesar deste revés, ele conseguiu manter uma perspetiva esperançosa, afirmando, “Está a chover, sabes. Quando a chuva é assim, também é fixe estar nestas circunstâncias.”
À medida que as nuvens se acumulam sobre o circuito de Las Vegas e os pilotos se preparam para a corrida, a questão permanece: Como irá a FIA navegar na linha fina entre a segurança e a emoção da competição? A tempestade apenas começou, e todos os olhos estarão na pista enquanto os pilotos enfrentam não só os seus rivais, mas as forças imprevisíveis da natureza. Numa mundo onde cada segundo conta, os riscos nunca foram tão altos.








