Tensões aumentam enquanto Alonso critica Hadjar: ‘Herói da Corrida’ ou Apenas um Defensor Resmungão?
Num confronto dramático no Grande Prémio de Fórmula 1 de Singapura, Isack Hadjar encontrou-se no centro de uma troca acesa com o veterano piloto Fernando Alonso. A tensão explodiu quando Alonso, que tinha avançado na corrida apenas para sofrer uma paragem nos boxes frustrante, acusou o piloto da Racing Bulls de defender-se de forma excessiva. “Resmungão” foi a palavra que Alonso usou para se descrever após uma corrida cheia de desafios, especialmente no que diz respeito a ultrapassar o jovem talento.
Inicialmente posicionado em oitavo lugar, a corrida de Alonso tomou um rumo pior com uma paragem nos boxes lenta que durou impressionantes 9,33 segundos, levando-o a uma dececionante 15ª posição. Entretanto, Hadjar, lutando contra problemas persistentes no motor que comprometeram a sua potência na segunda metade da corrida, conseguiu resistir aos avanços de Alonso apesar das suas dificuldades. A determinação do jovem piloto estava em plena exibição enquanto navegava pelos apertados confines do circuito de Singapura, mostrando um espírito lutador que deixou Alonso tanto frustrado quanto impressionado.
A batalha aqueceu na volta 36, quando Alonso tentou ultrapassar Hadjar na Curva 7. No entanto, Hadjar rapidamente cobriu a linha interior, forçando Alonso a abandonar a manobra. A tensão escalou quando Hadjar empregou táticas defensivas agressivas na Curva 10, levando Alonso a aliviar o acelerador. A habilidade de corrida do jovem piloto continuou a frustrar Alonso, que estava desesperado para recuperar posições perdidas.
Alonso finalmente conseguiu ultrapassar na volta 37, recuperando algum ímpeto e acabando por terminar em sétimo lugar após capitalizar uma penalização aplicada a Lewis Hamilton. “Troféu para o herói da [corrida]”, brincou Alonso sarcasticamente pelo rádio, refletindo claramente sobre o tempo perdido a lutar com Hadjar. Os seus comentários irónicos não disfarçaram a tensão subjacente, ao notar: “perdemos cinco segundos com o herói do dia, parabéns”, aludindo ao atraso dispendioso na sua busca por pontos.
Após a corrida, Alonso elaborou sobre as suas frustrações, reconhecendo os problemas de motor de Hadjar que o tornaram lento nas retas. “Às vezes, em algumas batalhas, é preciso saber quando é melhor lutar e quando não é”, comentou, aludindo aos movimentos defensivos arriscados de Hadjar. Continuou: “alguns dos movimentos de Hadjar a 300km/h estão um pouco além da linha em Singapura”, embora tenha admitido que não houve contacto – um testemunho da habilidade de ambos os pilotos.
Hadjar, impassível às críticas de Alonso, respondeu com calma: “Não o empurrei para fora da pista, mantive tudo limpo. Ele não gostou da luta; está realmente rabugento. Nada que eu possa fazer por ele.” A sua confiança em manter uma corrida limpa era evidente, mesmo enquanto as frustrações de Alonso emergiam à superfície.
Embora as queixas de Alonso estivessem enraizadas na competitividade do momento, não se pode ignorar o respeito que fundamentava a sua batalha. Apesar dos comentários sarcásticos, o duelo destacou a determinação e tenacidade de ambos os pilotos, alimentando ainda mais a motivação de Alonso enquanto visava fechar a lacuna em relação à equipa de Hadjar no campeonato de construtores.
Em última análise, este confronto em Singapura não foi apenas sobre posições na pista; foi um testemunho feroz do espírito das corridas, onde cada segundo conta e cada batalha pode transformar-se numa guerra de inteligência. À medida que Alonso continua a perseguir pontos para a Aston Martin, a memória do seu duelo com Hadjar certamente permanecerá na mente dos fãs e dos pilotos, um lembrete da natureza imprevisível e eletrizante das corridas de Fórmula 1.