A McLaren revelou finalmente o sucessor do P1, trata-se do W1, um superdesportivo que é o mais potente e rápido de sempre da marca de Woking.
O novo W1 está equipado com um novo motor V8 biturbo de 4,0 litros com assistência elétrica, ou seja, híbrido, que debita uma potência combinada de 1275 cv e 1340 Nm de binário máximo, o que garante aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 2,7 segundos e uma velocidade máxima limitada eletronicamente de 320 km/h, a mesma do P1.
O novo motor a combustão, denominado ‘MPH-8’, foi construído totalmente do zero e desenvolve 916 cv. O seu bloco é composto por componente em alumínio e está dotado de furos nos cilindros com spray de plasma, o que ajuda a atingir um “redline” às 9200 rpm, enquanto os dois turbocompressores twin-scroll entram em ação a apenas 2500 rpm.
O novo V8 conta ainda com uma ajuda elétrica proporcionada por um ‘E-Module’, que consiste num motor elétrico de fluxo radial, uma unidade de controlo do motor e uma bateria de 1,4 kWh.
Este motor elétrico adiciona 346 cv à potência do motor a gasolina. Além disso, a bateria permite que McLaren W1 apresente uma autonomia 100% elétrica de apenas 1,6 quilómetros.
Surpreendente foi o processo de redução de peso, realizado pelos engenheiros da McLaren. Desta forma, o peso total de todos os componentes híbridos foi reduzido em 40 kg, em comparação com o P1, e o peso total do W1 é de apenas 1399 kg, o que permite à marca britânica apresentar uma relação de peso potência do W1 de 899 cv/tonelada.
A potência e o binário são enviados exclusivamente para as rodas traseiras, através de uma transmissão automática de oito velocidade e de um diferencial eletrónico.
A bateria e o motor elétrico são igualmente utilizados também para a realização da manobra de marcha-atrás, bem como para o arranque do W1 após períodos prolongados em que esteja desligado. Já os sistemas de direção e de travagem, continuam a ser hidráulicos.
Com um chassi em monocoque ‘Aerocell’ da McLaren, o W1 que combina bancos desportivos de posição fixa com volante e pedais que podem ser ajustados. Os bancos fixos contribuíram para ajudar a McLaren a reduzir em 5 cm na distância entre eixos, enquanto as portas de asa de gaivota, uma estreia num modelo da marca britânica, contribuem para melhorar o fluxo de ar sobre os para-lamas dianteiros.
Além disso, o W1 utiliza elementos de aerodinâmica ativa inspirados na Fórmula 1, como é o caso do “Efeito solo” (“Ground effect”), que permite ao novo superdesportivo da McLaren “transformar-se” quando entra em pista, beneficiando para isso de um spoiler traseiro ‘Active Long Tail’ inspirado no F1 GTR de 1997 que melhora o arrasto aerodinâmico e aumenta a força descendente. A isso junta-se um desviador de fluxo de ar no tejadilho (o primeiro utilizado num McLaren de estrada) que envia ar fresco para o compartimento do motor, enquanto os spoilers dianteiros e traseiros ativos ajudam a gerar 350 e 650 kg de força descendente, respetivamente, no modo Race, que permite baixar a suspensão em 3,7 cm à frente e 1,8 cm atrás.
A McLaren revelou ainda que a suspensão dianteira do W1 foi desenhada para favorecer ao máximo o fluxo aerodinâmico, com braços inferiores graças a “push-rods” e amortecedores interiores. Para ajudar a manter toda a potência no asfalto, o W1 está equipado com pneus Pirelli P Zero Trofeo RS de 265/35 na frente e 335/30 na traseira.
O McLaren W1 apresenta-se com 4,63 metros de comprimento, 2,07 m de largura e 1,18 m de altura, a que junta uma distância entre eixos de 2,68 m.
No habitáculo, destaque para o ecrã central de 8’’ compatível com Apple CarPlay e Android Auto, além de fichas USB-A e USB-C. E um espaço de arrumação atrás dos bancos que disponibiliza 116 litros de armazenamento.
A McLaren vai produzir apenas 399 unidade do W1, todas já com dono, e com um preço que arranca nos €1,9 milhões, dependendo das opções de personalização. No entanto, a marca britânica já anunciou que o W1 vem com uma garantia de quatro anos/quilometragem ilimitada, com seis anos e 72 000 km para a bateria.