O campeão do mundo de F1 de 1997, Jacques Villeneuve, elogiou a mudança de Lewis Hamilton para a Ferrari, descrevendo-a como o movimento mais “em destaque” na Fórmula 1 desde que Michael Schumacher se juntou à Scuderia em 1996. Ele também fez uma crítica ao campeão em título, Max Verstappen, afirmando que o desporto não sentiria a sua ausência da mesma forma que sentiria se Hamilton saísse.
A monumental mudança de Hamilton para a Ferrari
A transição de Hamilton para a Ferrari, após 12 temporadas com a Mercedes, cativou o mundo das corridas. O britânico, sete vezes campeão do mundo, está prestes a fazer a sua estreia na Ferrari num teste privado na pista de Fiorano, um evento que Villeneuve prevê que eletrize os Tifosi.
“Hamilton a juntar-se à Ferrari é a maior mudança de piloto desde que Michael Schumacher deixou a Benetton para a Ferrari,” disse Villeneuve à Action Network. “Ele não é apenas um piloto; é um ícone cuja influência se estende além da F1. Combinar a Ferrari, uma das marcas mais prestigiadas, com Hamilton, a figura mais proeminente do desporto, é um movimento genial.”
Uma crítica a Verstappen
As observações de Villeneuve não se limitaram a elogiar Hamilton; ele contrastou a comercialização do britânico com a de Verstappen.
“Tirem Verstappen da F1, ninguém se importa. Tirem Hamilton da F1, as pessoas se importam,” disse Villeneuve. Ele argumentou que o apelo global e a influência de Hamilton superam tudo o que Verstappen trouxe para o desporto, tornando Hamilton insubstituível.
O cenário “win-win” da Ferrari
Enquanto alguns, como Flavio Briatore, questionaram a decisão da Ferrari de deixar Carlos Sainz de fora em favor de Hamilton, Villeneuve defendeu a mudança, enfatizando o valor que Hamilton traz à Ferrari tanto como piloto como marca.
“Assinar com Hamilton não foi apenas uma questão de corridas—é uma decisão de negócios,” explicou Villeneuve. “O valor da Ferrari disparou no momento em que o assinaram. Mesmo que Hamilton não vença, a rivalidade com Charles Leclerc só irá aumentar o apelo da Ferrari. É um win-win para eles.”
Villeneuve acredita que o recente aumento de desempenho da Ferrari e a fome de Hamilton por um oitavo título podem criar uma parceria dinâmica capaz de devolver a equipa à glória do campeonato.
Pode Hamilton igualar a longevidade de Alonso?
Aos 40 anos, a capacidade de Hamilton de competir ao mais alto nível tem sido questionada. No entanto, Villeneuve desconsiderou as preocupações, apontando para Fernando Alonso, que ainda corre aos 43 anos, como prova de que a idade não é uma barreira.
“Hamilton está super em forma, super forte—ele poderia competir mais 10 anos se quisesse,” disse Villeneuve. “A única questão é o seu desejo mental. Ele tem a fome de lutar como Alonso, ou decidirá fazer outra coisa?”
Os desafios para Hamilton e Ferrari
A mudança de Hamilton para a Ferrari reavivou a excitação no paddock. À medida que o britânico inicia a sua 19ª temporada na F1, Villeneuve acredita que a parceria com Leclerc será fundamental.
“Se Hamilton tiver sucesso, é incrível. Se ele tiver dificuldades, isso vai motivar ainda mais Leclerc. De qualquer forma, a Ferrari vence,” concluiu Villeneuve.
A presença de Hamilton nos macacões vermelhos sinaliza uma nova era para a Ferrari, uma que pode cimentar o seu legado com um oitavo título ou reacender as ambições de campeonato há muito adormecidas da Scuderia.