A fábrica de Mangualde da Stellantis tornou-se na primeira fábrica em Portugal a produzir em grande escala veículos de passageiros e comerciais ligeiros 100% elétricos a bateria, após um investimento de cerca de €30 milhões para adaptação daquela unidade de produção.
Desta forma, a fábrica portuguesa vai assegurar a produção de oito modelos 100% elétricos nas versões de passageiros e comerciais ligeiros dos modelos Citroën ë-Berlingo e ë-Berlingo Van, Peugeot E-Partner e E-Rifter, Fiat e-Doblò e Opel Combo-e para os mercados doméstico e de exportação.
O arranque da produção de veículos elétricos em Mangualde acontece antes do previsto por Carlos Tavares, CEO da Stellantis, que tinha anunciado em 2023 que a produção de modelos 100% elétricos teria início de 2025.
“Dentro em breve estará nas estradas uma nova gama de oito veículos elétricos ‘made in’ Portugal. Esta é a nossa visão para o futuro da indústria automóvel e revelamos hoje, aqui, mais uma prova de que é possível concretizar os nossos mais ambiciosos planos, de forma sustentável e de forma economicamente viável, colocando os melhores produtos ao serviço dos clientes”, referiu Carlos Tavares.
Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia que marcou o arranque da produção de veículos elétricos em Mangualde e que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do Ministro da Economia, Pedro Reis, o responsável pela Stellantis disse não ter previsões de quantas unidades vão ser produzidas na fábrica de Mangualde anualmente, porque “isso depende totalmente do caderno de encomendas, os clientes é que decidem”.
Segundo Carlos Tavares, como se viu na Alemanha e na Itália, o caderno de encomendas “está totalmente dependente dos subsídios que os governos europeus quiserem dar à classe média para comprar veículos elétricos”.
“O caderno de encomendas de um negócio europeu como o nosso geralmente anda à roda dos três meses de encomendas. Eu tenho uma ideia muito clara dos carros que vou produzir nos próximos três meses e posso dizer que, a nível europeu, o nosso `mix` de vendas de veículos elétricos está na ordem dos 12 a 14% das vendas totais. A nível desta fábrica depende das encomendas que vamos receber”, frisou.
O presidente executivo da Stellantis explicou que “a única coisa a fazer é criar um processo industrial que seja flexível e permita absorver as variações”, que foi o que aconteceu em Mangualde.
As primeiras unidades a ser produzidas em Mangualde são 719 veículos destinados ao Serviço Nacional de Saúde, 300 Peugeot E-Rifter e 419 Citroën ë-Berlingo (419), aos quais se juntam 600 estações de carregamento (Wall box de 11Kw/h) às cinco Administrações Regionais de Saúde (ARS) e a sete Unidades Locais de Saúde (ULS).
“Sinto-me particularmente satisfeito por a escolha do Ministério de Saúde do nosso país para mudar a frota do SNS para veículos ecológicos e sem emissões locais ter recaído em dois dos nossos modelos, já considerados pelos clientes profissionais como os melhores da sua classe. Como podem ver, a Stellantis está profundamente comprometida com Portugal, na produção industrial, na criação de empregos, na geração de valor e disponibilizando um excelente portefólio de veículos”, concluiu Carlos Tavares.
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