A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) revelou esta segunda-feira, os principais resultados, provisórios, da sinistralidade e fiscalização rodoviárias relativos ao ano de 2024, que contabilizaram menos vítimas mortais nas estradas nacionais.
Segundo os dados da ANSR, no ano que agora terminou contabilizaram-se 475 vítimas mortais, 2.675 feridos graves e 43.319 feridos leves, no Continente e nas Regiões Autónomas.
Em relação a 2019, ano de referência para monitorização das metas de redução do número de mortos e de feridos graves até 2030, fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal, registaram-se menos 45 vítimas mortais (-8,7%) e menos 1.634 feridos leves (-3,6%). Contudo, apuraram-se mais 143 feridos graves (+5,6%).
Em comparação com o ano de 2023, observaram-se aumentos em todos os indicadores, exceto nas vítimas mortais (-6). Registaram-se mais 69 feridos graves (+2,8%) e mais 431 feridos ligeiros (+1,0%).
No âmbito da fiscalização rodoviária, em 2024, foram fiscalizados mais de 250,1 milhões de condutores/veículos, um aumento de 78,5% em comparação com 2023, sendo que os radares SINCRO da ANSR foram responsáveis por 95,6% do total dos veículos fiscalizados, representando um aumento de 84,3% em relação face ao ano de 2023.
Durante estas ações de fiscalização foram detetadas mais de 1 milhão de infrações, o que representa um aumento de 1,0% face ao ano anterior. Contudo, a taxa de infração (n.º total de infrações/n.º total de veículos fiscalizados) reduziu 43,4% comparativamente com 2023, situando-se em 2024 nos 0,41%.
Relativamente à tipologia de infrações, o excesso de velocidade representou 67,9% do total das infrações, seguida das inspeções periódicas com 5,7%. Comparando com o ano anterior, as infrações por velocidade aumentaram 2,2% e as infrações relacionadas com a inspeção periódica obrigatória diminuíram 0,7%.
Quanto à condução sob o efeito do álcool, em 2024, foram submetidos ao teste de pesquisa de álcool 1.848.764 condutores, menos 2,4% comparativamente a 2023, tendo a taxa de infração (nº de infrações por álcool/ nº de testes efetuados) também diminuído 13,1%, de 1,89% em 2023 para 1,64% em 2024.
A ANSR adiantou ainda que a criminalidade rodoviária, medida em número total de detenções, baixou em 26%, tendo atingindo 26.737 condutores. Do total, 54,1% deveu-se ao álcool, com uma redução de 29,3% comparativamente ao verificado no ano transato.