O quarteto comprometido pelo conflito planejou priorizar a corrida de 6 horas de Spa no Campeonato Mundial de Endurance em 11 de maio. Sebastien Buemi, Robin Frijns, Nyck de Vries e Nico Mueller esperavam participar das corridas de Spa e Berlim do duplo evento da Fórmula E em 12 de maio.
A aprovação unânime de todas as 11 equipes era necessária para mudar as regulamentações, mas o prazo para a votação eletrônica já havia expirado.
O grupo de pilotos queria competir em ambas as corridas, mas precisava de uma mudança na regra do Artigo 5.5 das regulamentações esportivas atuais, que afirma que as trocas de pilotos não são permitidas após as verificações administrativas, exceto em casos de força maior com autorização dos comissários.
De acordo com o Artigo 19.1 e 24.15, cada equipe deve especificar quais pilotos estarão dirigindo seus carros antes do final da inspeção inicial.
O resultado da votação eletrônica significava que nenhuma autorização especial para troca de pilotos seria concedida e as regras originais permaneceriam em vigor.
“Todos nós sabíamos sobre o choque de calendário há cerca de 10 meses e estávamos conversando com os pilotos – e nós [Andretti] desistimos de alguns deles porque eles já tinham compromissos que os impediam de se dedicar 100% a este campeonato. Você tem que decidir em qual campeonato está competindo. Para nós, não estamos competindo no WEC e estamos totalmente focados na Fórmula E. Por que gostaríamos que um piloto saísse do carro e comprometesse suas próprias chances de ganhar um título de pilotos e também as chances da equipe de ganhar um título de equipes? É bizarro, na minha opinião”, disse Griffiths.
As equipes não podem apelar da votação eletrônica, então Frijns, Buemi, de Vries e Mueller perderão duas corridas da Fórmula E nesta temporada.
A Envision Racing, que é mais afetada pelo conflito por empregar Frijns e Buemi, provavelmente os substituirá por Joel Eriksson e Tom Dillmann, que são respectivamente pilotos de teste e reserva da Jaguar.
Espera-se que a Abt Cupra substitua Mueller por Kelvin van der Linde ou o júnior da Red Bull, Tim Tramnitz.
O choque entre os calendários da Fórmula E e do Campeonato Mundial de Endurance tem causado muita frustração entre as equipes e pilotos afetados. A suposta comissão formada em 2017 para lidar com esses choques não parece ter funcionado efetivamente desta vez.
Os promotores de ambos os campeonatos precisam ser mais flexíveis com seus calendários para evitar conflitos. Há muitos fins de semana disponíveis para ambos os campeonatos coexistirem sem conflitos.
A dificuldade este ano foi que uma data fixa para a corrida de Xangai em maio tornou impossível ajustar a data da corrida de Berlim. O fim de semana de Mônaco também desempenha um papel importante na determinação do cronograma da corrida de Berlim.
Em 2024, Berlim sempre será agendada entre as corridas de Mônaco e Xangai, no meio de maio.
O Campeonato Mundial de Endurance acomodou uma mudança na data da corrida de Spa para 2020, mas devido ao anúncio de seu calendário de 2024 antes do calendário da Fórmula E, uma flexibilidade semelhante não pôde ser considerada desta vez.
As opiniões de Griffiths sobre o assunto são fortes, mas destacam a importância de tomar decisões de escalação com base no compromisso com um campeonato e evitar situações em que os pilotos tenham prioridades conflitantes.
Por outro lado, os pilotos que participam de ambos os campeonatos estão enfrentando compromissos em suas carreiras devido a desafios logísticos. Ambos os lados da questão têm pontos válidos e seria benéfico para a FIA facilitar mais diálogo entre os dois campeonatos para evitar conflitos.
O futuro pode favorecer os pilotos que priorizam seus compromissos com a Fórmula E ou o Campeonato Mundial de Endurance. Isso pode levar a mudanças significativas na escalação de pilotos da Fórmula E e à introdução de novos talentos.
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