Num desenlace dramático no mundo da Fórmula 1, a FIA tomou uma posição contra as exigências da McLaren por penalizações após o que consideraram ser queixas “frívolas” da Red Bull. O conflito entre as duas equipas escalou depois de a Red Bull ter scrutinizado o desempenho da McLaren no Grande Prémio de Fórmula 1 de Miami, levantando preocupações sobre a legalidade do carro MCL39.
O CEO da McLaren, Zak Brown, pediu que fossem impostas penalizações por violação do teto orçamental a equipas que façam alegações infundadas, com a Red Bull a direcionar especificamente o foco para o sistema de arrefecimento de pneus da McLaren. Esta disputa tomou um rumo cómico quando Brown foi visto a beber de uma garrafa rotulada como ‘água de pneus’ na televisão, zombando das alegações dirigidas à sua equipa.
No entanto, a situação rapidamente se tornou séria quando Brown propôs uma multa de £25,000 a ser deduzida do teto orçamental de uma equipa por fazer afirmações sem fundamento. O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, apoiou a sugestão de Brown, mas recomendou que o valor da multa fosse duplicado para desincentivar as equipas a fazer acusações infundadas.
Ben Sulayem enfatizou a importância de queixas formais e repercussões financeiras por alegações falsas no desporto. Ele também insinuou a possibilidade de rever completamente as regras do teto orçamental, indicando os desafios que a entidade governante enfrenta para manter um ambiente justo e competitivo na Fórmula 1.
No meio da disputa entre a Red Bull e a McLaren, a FIA também está a lidar com questões relacionadas com a política do código de conduta dos pilotos, com Ben Sulayem a reafirmar a sua posição sobre a imposição de uma proibição de linguagem ofensiva. Apesar dos apelos por leniência de pilotos como George Russell, Ben Sulayem mantém-se resoluto na defesa das regulamentações.
À medida que Ben Sulayem se prepara para a próxima campanha para a presidência da FIA, a pressão sobre ele aumenta para tomar decisões críticas que podem moldar o futuro do desporto. Com rumores a circular sobre potenciais desafiantes como Carlos Sainz Sr, Ben Sulayem enfrenta um momento crucial na sua liderança, com a Assembleia Geral da FIA à porta, marcada para 12 de dezembro.
A trajetória da FIA sob a liderança de Ben Sulayem tem sido marcada por controvérsias e relações tensas com os pilotos, preparando o terreno para uma batalha contenciosa pela presidência. Com o prazo para as nomeações a aproximar-se, todos os olhares estão voltados para Ben Sulayem, que terá de navegar pelos desafios que se avizinham e garantir mais um mandato à frente do organismo regulador do automobilismo.