Durante mais de uma década, A NASCAR tem estado limitada a uma linha de três fabricantes—Chevrolet, Ford e Toyota. A saída da Dodge em 2012 deixou um vazio que ainda não foi preenchido, apesar de discussões constantes com potenciais novos participantes.
Agora, à medida que o desporto entra numa nova era de competição feroz e margens extremamente reduzidas, a questão torna-se mais premente do que nunca:
A NASCAR pode realisticamente atrair um quarto OEM, ou a imprevisibilidade do desporto está a afastar os fabricantes?
A Competição Acentuada de 2024: Uma Bênção ou uma Maldição para Novos OEMs?
Na última temporada, A NASCAR proporcionou uma das suas campanhas mais competitivas da história.
- Todos os três fabricantes tiveram carros no Championship Four
- 18 vencedores diferentes de corridas de 10 equipas diferentes
- A margem média de vitória foi de apenas 1,3 segundos
- Três dos cinco finais mais próximos na história da NASCAR aconteceram em 2024
A paridade entre fabricantes é inegável—algo que o Diretor Global da Ford Performance, Mark Rushbrook, vê como um ponto positivo para o desporto.
“A proximidade nas classificações e a competição entre os OEMs… Acho que isso foi ótimo para o desporto.”
De uma perspetiva externa, este campo de jogo nivelado deveria ser um ponto de venda. Ao contrário da Fórmula 1, onde a dominância da Red Bull afastou a competição, ou da IndyCar, onde as equipas dependem apenas da Chevrolet e da Honda, a NASCAR oferece um campo de batalha aberto onde um novo fabricante poderia ser competitivo quase de imediato.
Parece perfeito, certo?
Não exatamente.
Porque um Novo Fabricante Poderia Estar Hesitante
Apesar do apelo de um equilíbrio competitivo, potenciais novos OEMs enfrentam barreiras significativas de entrada:
- Grande Investimento sem Garantia de Sucesso
- As regulamentações rigorosas da NASCAR limitam a vantagem que um novo fabricante poderia obter através da tecnologia ou da aerodinâmica.
- Um compromisso financeiro massivo é necessário antes mesmo de dar uma volta, sem promessa de ganhar rapidamente.
- Dr. Eric Warren, Diretor de Competição de Motorsport Global da GM, resumiu perfeitamente: “Cada situação é complicada, obviamente, e surgem coisas que não esperavas.”
- Os OEMs existentes estão totalmente comprometidos
- A Chevrolet, Ford e Toyota têm parcerias enraizadas com as suas equipas e estão plenamente integradas no desporto.
- Entrar na NASCAR significa convencer as equipas a mudar de marca, o que é mais fácil dizer do que fazer.
- O carro Next Gen da NASCAR deveria facilitar a entrada de novos OEMs, no entanto nenhum novo fabricante se comprometeu.
- O Desafio do Estilo de Corrida Único da NASCAR
- O formato de stock car da NASCAR é diferente de qualquer outra grande série de corridas.
- As corridas em superspeedway com muita estratégia de draft, gestão de pneus em intermediários e lutas em circuitos curtos exigem uma abordagem completamente diferente em comparação com corridas de fórmula ou de resistência.
- Fabricantes como Honda, BMW ou Audi—que prosperam em séries com muitas corridas em pista—podem ver a NASCAR como algo demasiado afastado das suas forças de engenharia.
O que vem a seguir? A NASCAR finalmente vai adicionar um quarto OEM?
O interesse está lá.
A NASCAR tem estado em discussões com Dodge, Honda e até marcas de luxo como BMW e Porsche.
Mas até que um deles se comprometa, a NASCAR permanece presa a um panorama de três fabricantes—um que, embora competitivo, não está a crescer.
Se um quarto OEM entrar em cena, terá uma oportunidade de ouro para agitar o campo. Mas a questão permanece: Quem está disposto a correr esse risco?