O mundo da Fórmula 1 está agitado com controvérsia, enquanto o veterano piloto de corridas Tom Coronel lança um ataque contundente à FIA, acusando o órgão regulador do desporto de sufocar a liberdade dos pilotos e de retirar a emoção crua da competição. Com novas regulamentações abrangentes prestes a estrear em 2025, Coronel afirma que a Fórmula 1 corre o risco de reduzir as suas estrelas a nada mais do que “fantoches de marketing”.
Nova regra da FIA: silenciar a dissidência?
De acordo com o regulamento da FIA para 2025, os pilotos de Fórmula 1 enfrentam a possibilidade de serem banidos de corridas por criticarem publicamente decisões tomadas pelos comissários ou pelo órgão regulador. Enquanto alguns, incluindo certos apresentadores da F1, apoiaram cautelosamente a medida como uma forma de manter o profissionalismo, muitos a veem como uma tentativa draconiana de calar os pilotos.
Coronel não poupou palavras, rotulando os esforços da FIA como uma tentativa flagrante de retirar a voz aos pilotos:
“Eles obviamente querem silenciar os pilotos o máximo possível. É isso que está por trás disto. Sinto que toda a emoção está a ser retirada. Já não é permitido ter uma opinião; você apenas se torna um fantoche de marketing. Está a ser amordaçado.”
A regra do ‘não poder dizer palavrões’ provoca alvoroço
A controvérsia não se limita a restringir a dissidência. A FIA também implementou uma proibição de palavrões no paddock, uma medida que gerou um intenso debate após Max Verstappen ter recebido uma penalização controversa por violar a regra. Coronel foi rápido a criticar a regulamentação, chamando-a de “completamente ridícula” e argumentando que esvazia a essência do que torna a Fórmula 1 emocionante.
“É absolutamente, completamente ridículo que a emoção esteja a ser retirada do desporto. Isso é precisamente o que torna o desporto. Não entendo isso de todo,” afirmou.
Para Coronel, a nova abordagem da FIA arrisca-se a sanitizar a Fórmula 1 a tal ponto que as suas estrelas já não sejam relacionáveis ou autênticas. Os fãs, adverte, são atraídos pela paixão crua e não filtrada que os pilotos trazem para o desporto—não por uma versão ensaiada e amigável às empresas das suas personalidades.
A visão geral: a F1 corre o risco de perder a sua alma?
Esta não é a primeira vez que a Fórmula 1 enfrenta críticas por uma supervisão excessiva dos seus pilotos. Nos últimos anos, as restrições aumentadas em declarações políticas, gestos e agora críticas públicas levantaram preocupações de que o desporto está a afastar-se das suas raízes rebeldes e de espírito livre. A crítica de Coronel destaca uma divisão crescente entre os esforços da FIA para manter a ordem e o desejo dos pilotos de permanecerem figuras expressivas e relacionáveis.
Enquanto a FIA argumenta que estas regras são necessárias para manter o profissionalismo, críticos como Coronel vêem-nas como uma sobrecarga perigosa que arrisca alienar os fãs. A preocupação é que a Fórmula 1 possa perder os próprios elementos que a tornam emocionante—emoção sem filtros, rivalidades intensas e o drama humano que se desenrola tanto dentro como fora da pista.
Os pilotos da F1 vão reagir?
Até agora, nenhum dos pilotos atuais comentou publicamente sobre as novas regras, mas todas as atenções estão voltadas para figuras ousadas como Max Verstappen e Lewis Hamilton. Ambos os pilotos têm sido críticos vocais da FIA no passado, e resta saber se irão desafiar a mais recente onda de restrições.
Com a Fórmula 1 a entrar numa era de regulamentação sem precedentes, a questão permanece: estas regras trarão ordem ao caos, ou irão despojar o desporto da sua alma? Por agora, a crítica ardente de Coronel reacendeu o debate, preparando o terreno para um confronto entre os pilotos e o organismo regulador do desporto.