Título: O Recorde Inquebrável da F1: Um Olhar sobre o Maior Feito do Motorsport
No mundo de alta octanagem da Fórmula 1, onde a velocidade e a precisão reinam supremas, existe um recorde extraordinário tão monumental que desafia as próprias leis da competição. À medida que a temporada de 2025 se desenrola, com impressionantes 648 pontos em jogo no campeonato de pilotos, a questão paira no ar: alguém conseguirá alguma vez replicar a pura perfeição das lendas do passado?
Atualmente, Lando Norris está à beira da grandeza, capaz de acumular um máximo de 473 pontos se conquistar os 116 restantes disponíveis. Este número representa impressionantes 72,99% do total de pontos em disputa nesta temporada, o que lhe garantiria um lugar no 16.º lugar da lista de todos os tempos de maior percentagem de pontos marcados numa temporada—apenas a um passo da conquista de 73,33% de Nico Rosberg em 2016. No entanto, o recorde que mais atenção atrai não se trata meramente de pontos; trata-se de dominação absoluta.
A fenomenal temporada de 2023 de Max Verstappen viu-o conquistar impressionantes 92,74% dos pontos, com um total de 575, um feito que, embora notável, empalidece em comparação com uma verdade irrefutável: dois pilotos na história da F1 marcaram incríveis 100% dos pontos disponíveis numa única temporada.
Como é que isto é possível, pergunta você? Tudo depende de uma peculiaridade técnica que existia antes da temporada de 1990, quando a F1 utilizava um sistema único de pontos descartados. Neste formato antiquado, apenas os melhores resultados contavam para o campeonato, permitindo que os campeões alcançassem percentagens astronómicas sem precisar de vencer todas as corridas. Em 1990, por exemplo, Ayrton Senna conquistou o título com meros 78 pontos, apesar do potencial para mais.
Vamos fazer uma viagem pela memória até 1952, onde o lendário Alberto Ascari fez história ao alcançar uma pontuação perfeita sob o então existente sistema de pontos que recompensava os melhores classificados com 8-6-4-3-2 pontos, além de um ponto adicional pela volta mais rápida. Ascari perdeu o Grande Prémio da Suíça, que abriu a temporada, na busca pela glória nas 500 Milhas de Indianapolis—uma aventura que acabou por falhar—mas, ao regressar, tornou-se uma força imparável. Com seis vitórias consecutivas e a volta mais rápida em cada corrida, Ascari conquistou todos os 36 pontos disponíveis naquela temporada—um feito de absoluta maestria.
Avançando para 1963, a grandeza continuou com o icónico Jim Clark, que igualou a realização sem precedentes de Ascari. Agora a competir sob uma estrutura de pontos revista de 9-6-4-3-2-1 para os seis primeiros classificados, Clark dominou o circuito, vencendo sete corridas e acumulando notáveis 73 pontos. No entanto, as regras limitaram o seu total a 54, marcando mais uma vez a instância de um piloto alcançar o impossível: uma pontuação perfeita de 100%.
Notavelmente, apenas dois anos depois, Clark fez-o novamente, vencendo seis das nove corridas e mais uma vez alcançando aquele elusive total de 100%. É de destacar que ele sacrificou a participação no GP de Mónaco para perseguir a glória nas 500 Milhas de Indianapolis, uma decisão que compensou com uma vitória nesse evento lendário.
À medida que a emocionante saga da F1 continua a desenrolar-se, os fantasmas de Ascari e Clark pairam grandes, lembrando-nos que, enquanto os recordes podem ser quebrados, a essência da perfeição permanece um legado inquebrável nos anais da história do automobilismo. Com as apostas mais altas do que nunca e novos heróis a emergir a cada temporada, a questão permanece: quem se erguerá para desafiar o impossível e gravar o seu nome no panteão das lendas da F1? A corrida está em marcha, e o mundo está a assistir!








