A Queda da Alpine Racing na Desesperança: Uma Frustração na Fórmula 1 no Grande Prémio da Cidade do México
Num choque de má gestão e competitividade em queda, a Alpine Racing viu-se novamente a languidecer no fundo da tabela durante o Grande Prémio da Cidade do México da Fórmula 1. Os pilotos da equipa, Pierre Gasly e o estreante Franco Colapinto, ficaram a lutar para não ficarem em último, terminando em 19º e 20º lugares, a uma volta completa dos líderes. A dura realidade bateu forte no Autódromo Hermanos Rodríguez, onde Gasly conseguiu apenas um desolador 18º lugar na qualificação, com Colapinto a começar em último, em 20º.
O fim de semana começou com uma luz de esperança, pois ambos os pilotos fizeram arranques razoáveis, mas esse otimismo evaporou rapidamente à medida que desciam na grelha, exibindo uma tendência preocupante que tem atormentado a Alpine desde a pausa de verão. Com a equipa a ter cessado o desenvolvimento do seu modelo A525 numa tentativa de redirecionar esforços para as mudanças de regras que se avizinham em 2026, a falta de previsão lançou agora uma sombra escura sobre a sua competitividade.
Gasly, visivelmente frustrado mais uma vez, questionou a estratégia desconcertante da Alpine de optar por um período prolongado com pneus Soft. “É uma corrida muito longa, há muita degradação nos pneus Medium, montámos os Soft, fizemos 37 voltas, o que foi mais do que qualquer um e muito semelhante ao que fizemos na semana passada,” comentou, sublinhando a falha da equipa em se adaptar. “Quero rever exatamente porque estamos a fazer este período muito longo com os pneus Soft, porque sabemos que estamos a degradar muito mais os pneus do que os outros.” A decepção era palpável enquanto lamentava, “Simplesmente não parece que tenhamos tirado o melhor da corrida.”
Ainda mais preocupante é a admissão de Gasly de que a equipa antecipou problemas com a degradação dos pneus, mas mesmo assim desviou-se da estratégia. “Nós sabíamos disso. Quero dizer, há algumas estratégias que avaliámos e esta não era realmente a que estávamos a almejar inicialmente,” afirmou. Este erro de cálculo deixou-o a suportar uma corrida solitária na retaguarda, bem longe do espírito competitivo em que outrora prosperou.
A crescente distância entre a Alpine e os seus rivais do meio do pelotão não é apenas uma estatística; é um lembrete claro das suas esperanças em declínio. As reflexões de Gasly sobre as suas lutas anteriores com outras equipas estavam tingidas de incredulidade: “Pergunto-me como conseguimos lutar com alguns dos carros [mais cedo na temporada],” ponderou enquanto observava outros a prosperar. O surgimento de concorrentes como Oliver Bearman, que conseguiu um P4, acentua ainda mais as dificuldades da Alpine, deixando Gasly a ansiar por um regresso à forma. “Acho que temos apenas de nos manter unidos mais quatro fins de semana,” acrescentou, insinuando um apelo desesperado por unidade em meio ao tumulto.
À medida que o Grande Prémio do Brasil se aproxima, Gasly agarra-se à esperança de que a chuva possa oferecer à Alpine a oportunidade de recuperar alguma dignidade. “Estou motivado, mas não estou a disfrutar de estar em último e de não ter lutas,” confessou, revelando a frustração enraizada que se instalou na equipa. “É apenas uma corrida contra ti mesmo e mesmo isso não sinto que estamos realmente a extrair o máximo.”
Com murmúrios de descontentamento a ecoar pelo paddock, é claro que a Alpine Racing enfrenta um momento decisivo. A equipa deve confrontar as suas feridas auto-infligidas de frente ou arriscar ser eternamente ofuscada pelos seus concorrentes. À medida que se preparam para a próxima corrida, a pressão aumenta para que a Alpine redescubra a sua vantagem competitiva antes que o pano caia sobre esta temporada desalentadora. Será a chuva o catalisador da mudança, ou estaremos a assistir ao ato final de uma equipa em turbulência? Apenas o tempo dirá.








