Recentemente, a Lotus anunciou mais investimento em híbridos plug-in (PHEV) do que em elétricos. E, agora, na antecâmara da introdução dos seus primeiros modelos equipados com este tipo de motorização, surgem as primeiras informações sobre a versão PHEV do Eletre, nomeadamente o recurso a uma bateria NMC com 70 kWh de capacidade, o que lhe permitirá, segundo fonte da mca britânica, propriedade do consórcio chinês Geely, percorrer mais de 350 km em modo exclusivamente elétrico.
A mudança na estratégia da marca de Norfolk, para passar a incluir na sua oferta, também, motorizações PHEV, ficou a dever-se a um abrandamento significativo nas suas vendas (40% nos primeiros nove meses do ano, comparativamente ao mesmo período de 2024). A nova versão PHEV do Eletre contará com uma potência a rondar os 950 cv, e, numa primeira fase, que será cumprida já no próximo mês, será proposta apenas na China, e com designação muito curiosa: For Me.
A bateria com 70 kWh de capacidade é produzida pela joint-venture estabelecida entre a Geely e a CATL, e pesa 408 kg, o que faz com que esta versão do Eletre acuse cerca de 2600 kg na balança. Trata-se de bateria equivalente à utilizado, por exemplo, nas versões de topo do Zeekr 9X, o SUV de outra das marcas que integram o portfólio do Grupo Geely.

O Eletre, por beneficiar de uma arquitetura elétrica a 900 V, admite carregamentos 6C, permitindo à bateria recuperar de 20%-80% da respetiva capacidade em pouco mais de 8 minutos. A motorização combina um quatro cilindros a gasolina de 2,0 litros turbocomprimido, com 275 cv de potência, que tanto transmite potência às rodas, como funciona como gerador de eletricidade para recarregar a bateria (de 30%-80% em cerca de 90 minutos), o que leva, necessariamente, a um consumo muito superior de combustível. Por ora, desconhecem-se mais especificações técnicas.
O Eletre PHEV, não existindo recuos no plano da Lotus, surgirá no mercado europeu durante o primeiro semestre de 2026. A marca quer aumentar as vendas globalmente (vendeu apenas 4612 unidades nos primeiros noves meses do ano, 46% das quais na China). De acordo com Feng Qifeng, CEO da Lotus, a restruturação da gama ficará completa apenas em 2028, com a introdução da tecnologia híbrida plug-in nos seus restantes modelos.









