À medida que se aproximava a segunda corrida do Jeddah E-Prix, Oliver Rowland não esperava dominar o pelotão—na verdade, teria ficado satisfeito com um lugar entre os cinco primeiros. Mas quando as luzes se apagaram, o piloto da Nissan deu uma verdadeira aula de tática, gerindo a sua energia à perfeição e avançando para uma vitória convincente com uma vantagem de 5.844 segundos sobre o segundo classificado, Taylor Barnard.
A vitória de Rowland não foi apenas impressionante—foi uma estratégia de Fórmula E digna de manual, provando mais uma vez que na era GEN3, precisão e paciência ganham corridas.
O Plano de Jogo de Rowland: Manter a Eficiência, Atacar Tarde
A corrida de sábado apresentou um desafio muito diferente em comparação com o evento de sexta-feira, principalmente porque não havia Pit Boost, o que significava que a conservação de energia era mais crucial do que nunca. Enquanto outros pilotos se viam a lutar por posição e a lidar com contactos, furos e caos, Rowland jogou com inteligência—mantendo-se paciente, economizando energia desde o início e atacando no momento certo.
“Honestamente, ao entrar na corrida, estava bastante contente por estar entre os cinco primeiros, sem saber como a corrida iria decorrer,” admitiu Rowland. “Mas estava numa posição privilegiada no início, onde pude ser eficiente, não estar sob muita pressão, e consegui acumular um pouco de energia.”
A chave para o seu sucesso foi manter-se longe de problemas enquanto outros lutavam atrás dele.
“A energia hoje estava muito mais baixa do que ontem,” explicou. “Sabíamos que ia ser uma corrida com um pelotão muito compacto, onde podes ter contacto, podes ter azar, podes sofrer furos, podes ter danos. Apenas tens de te manter longe de problemas.”
Quando as voltas finais chegaram, Rowland tinha uma vantagem energética significativa, permitindo-lhe distanciar-se do pelotão enquanto outros se esforçavam para alcançar a linha de chegada.
Erros Passados Assombram Rowland—mas Desta Vez, Ele Acerta
A execução impecável de Rowland em Jeddah foi ainda mais satisfatória, dado os seus passados desafios com a gestão de energia. As memórias amargas de Misano e São Paulo, onde ele perdeu oportunidades de vencer devido ao excesso de consumo, estavam frescas na sua mente.
“Flashbacks de Misano, depois flashbacks de São Paulo, e depois um pouco de ontem,” disse Rowland. “Portanto, há sempre um momento em que estou a duvidar do que está a acontecer.”
Desta vez, no entanto, ele acertou em cheio.
Uma grande parte desse sucesso? Comunicação por rádio melhorada com o seu engenheiro, que tinha sido um problema mais cedo na temporada.
“Ontem, o rádio do meu engenheiro estava realmente fraco, por isso só consegui ouvir cerca de 40 por cento do que ele estava a dizer durante a corrida,” revelou Rowland. “Mas hoje estava muito mais claro, e ele foi muito mais direto e claro com o seu feedback.”
Essa clareza permitiu a Rowland manter-se disciplinado, controlar o seu consumo, e executar a sua estratégia de corrida de forma impecável.
“A comunicação foi realmente boa com o meu engenheiro hoje, ele conseguiu manter-me informado sobre quem estava a fazer o quê, e felizmente estava certo. Nunca me deixei sobrecarregar, e fui bastante disciplinado com isso.”
Rowland Assume o Controlo do Campeonato de Fórmula E
Com a sua dominante vitória em Jeddah, Rowland continua a firmar-se como o homem a bater na Fórmula E esta temporada. Ele já garantiu duas vitórias, um segundo lugar e um 14º lugar, colocando-o no topo da classificação do campeonato.
À medida que a temporada avança, a capacidade de Rowland de gerir energia sob pressão pode ser o fator decisivo na luta pelo título. Se ele conseguir manter este nível de desempenho e disciplina, será um sério candidato ao seu primeiro campeonato de Fórmula E.