As marcas chinesas de automóveis registaram em junho o melhor mês de sempre na Europa ao alcançarem uma quota de mercado de 11 % de veículos elétricos.
Os números da “Dataforce” agora revelados mostram que mais de 23 mil veículos 100% elétricos foram registados em junho, o que representa um aumento de 72% face ao mês de maio.
Os dados mostram que a SAIC, que controla a marca britânica MG, foi responsável pela maior subida, 40% das importações foram registadas por revendedores, com 13 366 unidades comercializadas, enquanto a BYD, o maior fabricante de veículos elétricos do mundo vendeu 3958 unidades em junho.
De acordo com novos dados alfandegários de Pequim, a UE e o Reino Unido foram responsáveis por cerca de metade de todas as exportações de carros elétricos da China nos primeiros seis meses do ano.
Além disso, dos 208 872 veículos elétricos vendidos na Europa em junho, 43 412 unidades foram comercializadas na Alemanha, enquanto a Itália foi o mercado europeu que mais cresceu, com 13 365 veículos, beneficiando da introdução de incentivos á compra de veículos elétricos, o que permitiu ao mercado transalpino subir ao “top” seis, numa lista onde está o Reino Unido, França, Noruega e Bélgica.
Recorde-se que a Comissão Europeia está a aplicar desde 5 de julho direitos compensatórios provisórios sobre importações de veículos 100% elétricos da China. Com base em investigação realizada, e que levou a Comissão concluir que a cadeia de valor de veículos 100% elétricos na China beneficia de subsídios por parte do Governo de Pequim.
Desta forma, aos veículos elétricos da BYD é aplicada uma taxa de 17,4%, o valor mais baixo, enquanto a Geely, grupo que detém a Volvo, Lotus, Zeekr e smart, entre outras marcas, é aplicada uma taxa de 19,9%. Já a SAIC, que detém a MG, tem uma taxa de 37,6%.
Além dos três construtores mencionados, as marcas que cooperaram com a investigação da UE, mas não foram incluídas na amostra serão taxados em 20,8%. Estas taxas que são provisorias por um período de quatro meses.