A Ford anunciou que o resultado líquido regrediu 86,2% no primeiro semestre do ano, para USD435 milhões, face ao período homólogo, pressionado pelas tarifas de Donald Trump, custo das revisões dos veículos e às perdas na mobilidade elétrica.
Apesar da forte queda do resultado líquido, a faturação subiu 0,2%, para USD90,8 mil milhões, dos quais USD50,2 mil milhões correspondentes ao segundo trimestre.
De abril a junho, o fabricante automóvel norte-americano acumulou prejuízos de USD36 milhões, que comparam com lucros de USD1,8 mil milhões no mesmo período de 2024.
A Ford estima que as tarifas alfandegárias de Trump provocaram um prejuízo de dois mil milhões de dólares no primeiro semestre, dos quais USD800 milhões no segundo trimestre.
Em causa, segundo o construtor automóvel, estão as taxas alfandegárias sobre o aço, componentes importados da União Europeia e Japão e matéria-prima para a produção de baterias para veículos elétricos.
Por outro lado, a chamada à oficina de 694.271 veículos do Bronco Sport e Escape, devido a defeitos nos injetores de combustível, custaram à Ford USD600 milhões, a que se juntaram mais USD500 milhões perdidos desta feita na divisão elétrica.
Porém, a diretora financeira, Sherry House, acentuou que este foi o quarto trimestre em que a empresa melhorou os seus custos, “se se excluir o impacto das taxas alfandegárias”.