A contratação de Lewis Hamilton pela Scuderia Ferrari para a temporada de Fórmula 1 de 2025 provocou ondas de choque no mundo do automobilismo. A mudança do sete vezes campeão do mundo para a Ferrari não apenas cativou os fãs, mas também gerou uma onda de comentários de insiders da F1, incluindo o antigo chefe da Ferrari, Mattia Binotto, que agora lidera o projeto Sauber F1 da Audi.
Binotto expressou abertamente o seu ceticismo em relação à decisão da Ferrari, afirmando que não teria perseguido Hamilton, priorizando em vez disso Charles Leclerc como o foco a longo prazo da equipa. No entanto, o atual diretor da Ferrari, Fred Vasseur, não levou os comentários na desportiva, respondendo com observações contundentes.
Vasseur: ‘Hamilton Não Iria Para a Sauber’
Quando questionado sobre os comentários de Binotto, Vasseur não conseguiu resistir a dar uma alfinetada ao seu antecessor. Com um sorriso malicioso, o francês comentou:
“Não tenho a certeza de que Hamilton teria ido para a Sauber. Estou feliz por tantas pessoas terem tempo para comentar as nossas escolhas.”
A alfinetada foi uma crítica clara à posição atual da Sauber como uma equipa do meio do pelotão, contrastando com o prestígio histórico e as ambições da Ferrari. Vasseur parecia divertido por tantos no paddock, incluindo Binotto, se sentirem compelidos a opinar sobre uma das mudanças de pilotos mais faladas na história da F1.
Uma Lição Sutil para Binotto
Vasseur não se ficou pelo humor, oferecendo uma crítica sutil mas incisiva ao comportamento de Binotto. Baseando-se na sua própria experiência à frente da Sauber antes de se juntar à Ferrari em 2023, Vasseur enfatizou a sua contenção profissional durante esse período:
“Estou focado no nosso trabalho. Afinal, quando estava na Sauber, não falava sobre a Ferrari.”
O comentário foi uma sugestão disfarçada de que Binotto deveria concentrar-se no progresso da sua própria equipa, em vez de criticar as decisões estratégicas da Ferrari.
Hamilton-Leclerc: A Dupla Poderosa da Ferrari
Apesar do barulho, Vasseur parece totalmente confiante na trajetória da Ferrari com Hamilton e Leclerc como a sua dupla de pilotos. Muitos analistas acreditam que a dupla formará a linha de pilotos mais formidável da grelha, combinando a vasta experiência e o pedigree de campeão de Hamilton com a velocidade bruta e o legado da Ferrari de Leclerc.
Com a equipa a atravessar uma seca de títulos desde 2008, a temporada de 2025 apresenta uma oportunidade de ouro para a Ferrari recuperar a sua antiga glória. No entanto, a Scuderia enfrenta uma pressão imensa para entregar um carro capaz de desafiar a Red Bull, McLaren e Mercedes de forma consistente.
A Crítica de Binotto: Um Olhar sobre a Política da F1
As observações de Binotto sublinham a natureza competitiva e política da Fórmula 1. Como responsável pelo projeto da Sauber apoiado pela Audi, que está previsto para estrear em 2026, Binotto tem um interesse pessoal em minar a narrativa da Ferrari. O seu comentário de que a Ferrari deveria concentrar-se exclusivamente em Leclerc reflete um debate em curso na F1 sobre o equilíbrio das dinâmicas entre pilotos dentro de uma equipa.
O Caminho à Frente para a Ferrari e a Sauber
Com Fred Vasseur a guiar a Ferrari na era Hamilton-Leclerc, o foco permanece em acabar com a seca de campeonatos da Ferrari. Entretanto, o projeto da Sauber de Binotto enfrenta os seus próprios desafios na preparação para a entrada da Audi em 2026 como uma equipa de fábrica plenamente desenvolvida. Ambos os diretores de equipa têm muito a provar, embora a partir de pontos de partida bastante diferentes.
À medida que a temporada de 2025 se aproxima, uma coisa é clara: a decisão da Ferrari de trazer Hamilton já preparou o terreno para rivalidades intensas e trocas acesas—dentro e fora da pista.