Poucos pilotos chegaram à Fórmula 1 em circunstâncias tão improváveis como Franco Colapinto. A sensation argentina, que deixou o paddock estupefacto com a sua passagem de nove corridas pela Williams em 2024, não deveria estar aqui—não com a sua falta de apoio financeiro, não com os seus testes limitados, e certamente não sem uma pré-temporada adequada para o preparar.
No entanto, contra todas as probabilidades, ele entregou.
Agora, como piloto de testes e reserva da Alpine para 2025, Colapinto encontra-se à beira de um lugar a tempo inteiro na F1. Com a posição de Jack Doohan na Alpine a parecer instável, muitos acreditam que é apenas uma questão de tempo até Colapinto voltar à grelha. E se a sua história até agora é um indicativo, ele estará pronto quando o chamado chegar.
Como Colapinto Superou as Probabilidades para Chegar à F1
A estrada de Colapinto até à Fórmula 1 foi tudo menos suave. Ao contrário de muitos dos seus colegas que chegaram com um enorme apoio financeiro, ele subiu a escada europeia com recursos mínimos, lutando por cada oportunidade.
📌 As dificuldades orçamentais acompanharam-no a cada passo—mesmo no karting.
📌 Os testes eram sempre escassos, o que significava que ele tinha de se destacar imediatamente em cada série em que entrava.
📌 Cada lugar na corrida dependia dos resultados—uma pressão que se tornou segunda natureza para ele.
Esta mentalidade de vida ou morte definiu a sua ascensão nas categorias, culminando numa estreia impressionante em Monza em setembro de 2024, onde substituiu Logan Sargeant na Williams.
O Momento de Monza: A Oportunidade que Mudou a Carreira de Colapinto
Colocado em águas profundas com uma experiência mínima em F1, Colapinto teve de se adaptar imediatamente—e foi exatamente isso que fez. A sua abordagem destemida foi evidente desde o início, ao recuperar de um acidente na FP1 no Azerbaijão para marcar pontos na sua segunda corrida.
🗣️ “Essa é uma pressão que se aprende a gerir quando se é bastante jovem e não se têm muitas oportunidades.”
No entanto, a sua agressividade era uma espada de dois gumes. Embora tenha impressionado no início, grandes acidentes no Brasil (duas vezes) e em Las Vegas tiraram um pouco do brilho da sua ascensão meteórica. Mas, a essa altura, ele já se tinha colocado no mapa.
No final da temporada, Colapinto tinha:
✅ Marcou cinco pontos para a Williams—um feito notável em tão pouco tempo.
✅ Foi brevemente associado a um potencial lugar na Red Bull Racing, provando o quanto o seu valor tinha aumentado.
✅ Transformou-se de uma aposta remota na F1 para uma verdadeira promessa de um lugar a tempo inteiro.
‘Não Tive Preparação… Mas Foi Assim Que A Minha Carreira Tem Sido’
Refletindo sobre a sua estreia na F1, Colapinto enfatizou como a sua carreira júnior inteira o preparou para momentos como Monza.
🗣️ “Imagina entrar na F1 sem qualquer preparação. Só fiz o FP1 em Silverstone e depois fui diretamente para Monza para fazer um fim de semana de corrida completo, quase sem quilómetros num carro de F1—e eu desempenhei quase de imediato.”
Para Colapinto, isso não era novo—era apenas mais um capítulo na sua carreira de constante adaptação.
🗣️ “Isso aconteceu em todas as categorias em que competi antes. Sei que o tenho, por isso não é tão difícil como parece, porque tem sido assim toda a minha vida.”
Próximo Passo de Colapinto: Um Regresso à F1 com a Alpine?
Com Carlos Sainz a assumir o seu lugar na Williams, o próximo passo de Colapinto não está definido. Mas com o futuro incerto de Jack Doohan na Alpine, a especulação está a crescer de que Colapinto é o próximo na fila por um lugar na corrida.
A sua maior vantagem? A sua resiliência mental.
📌 Ele já enfrentou uma pressão imensa na sua carreira—e prosperou.
📌 Está endurecido pela batalha de anos a ter que se provar instantaneamente.
📌 Ele é confiante—alguns dizem arrogante—mas é exatamente isso que os pilotos de elite precisam para sobreviver.
Se a Alpine fizer a chamada, Colapinto estará pronto. E se a sua primeira passagem na F1 nos ensinou alguma coisa, é isto: nunca aposte contra Franco Colapinto.