Ferrari contratou Jerome d’Ambrosio, anteriormente o segundo em comando efetivo de Toto Wolff na Mercedes, para servir como seu vice-diretor de equipe e chefe da academia de pilotos de Fórmula 1. Além disso, a equipe confirmou a contratação de Loic Serra, ex-diretor de desempenho da Mercedes, como o novo chefe de engenharia de desempenho de chassi. d’Ambrosio substituirá Laurent Mekies, que saiu para se tornar o chefe de equipe na RB Racing antes desta temporada. Tanto d’Ambrosio quanto Serra iniciarão seus cargos na Ferrari em 1º de outubro de 2023.
Antes de ingressar na Ferrari, d’Ambrosio ocupava o cargo de vice-diretor de equipe e posteriormente se tornou o chefe geral da equipe Venturi na Fórmula E após se aposentar da condução. Na Mercedes, sua responsabilidade principal era supervisionar o programa de jovens pilotos da equipe. Sua chegada em 2023 tinha como objetivo fornecer a Toto Wolff um braço direito dedicado após a saída de James Vowles para liderar a Williams. Houve até discussões sobre a possibilidade de d’Ambrosio suceder Wolff a longo prazo. No entanto, após apenas uma temporada, ele deixa a Mercedes e se junta à Ferrari como chefe de sua academia de pilotos e vice de Vasseur.
Durante sua carreira nas corridas, d’Ambrosio participou de 20 corridas de Fórmula 1, pilotando pela equipe Virgin em 2011 e fazendo uma única aparição pela Lotus como substituto do banido Romain Grosjean no Grande Prêmio da Itália de 2012. Em seguida, ele fez a transição para a Fórmula E, onde obteve sucesso, vencendo três corridas e terminando entre os cinco primeiros no campeonato com a equipe Dragon nas duas primeiras temporadas.
As nomeações de d’Ambrosio e Serra têm sido amplamente conhecidas no paddock há vários meses, destacando sua importância. Serra, uma figura altamente respeitada da Mercedes, é admirado por Lewis Hamilton, que se juntará à Ferrari em 2025. No entanto, é importante observar que a chegada de Hamilton não influenciou a decisão de Serra. A Ferrari foi inicialmente ligada a Serra há quase um ano, indicando que essa mudança vem sendo planejada há algum tempo. Se algo, foi a iminente saída de Serra que pode ter influenciado a escolha de Hamilton de deixar a Mercedes.
Em contraste, o papel de d’Ambrosio na Mercedes era relativamente incerto. Embora tenha sido trazido como substituto de Vowles, sua posição carecia de visibilidade pública, pois era visto principalmente ao lado de Wolff no box. Na Ferrari, espera-se que d’Ambrosio tenha um propósito mais definido. Vasseur tem precisado de apoio desde a saída de Mekies, e a Academia de Pilotos da Ferrari requer atenção focada que Jock Clear, engenheiro sênior da Ferrari e treinador de pilotos de Charles Leclerc, pode não ser capaz de fornecer.
Essas nomeações são significativas para a Ferrari. Se d’Ambrosio puder fazer uma contribuição substancial no lado esportivo, e Serra possuir o mesmo nível de influência técnica que tinha na Mercedes, eles serão adições valiosas à equipe de Vasseur.