A batalha de Charles Leclerc por um segundo lugar escorregou-lhe entre os dedos na volta 63 do Grande Prémio do México, onde foi ultrapassado por Lando Norris da McLaren. O chefe da equipa Ferrari, Fred Vasseur, não poupou nas suas críticas ao que considerou ser o fator decisivo: os pilotos mais lentos com bandeira azul. “É a sua análise [que Norris era mais rápido], mas eu não estou realmente de acordo,” insistiu Vasseur. “O Charles teve um bom ritmo, mas perdemos três segundos com os pilotos que estavam com bandeira azul.”
Após um fim de semana forte com o SF-24 a mostrar um ritmo competitivo, a Ferrari tinha os olhos num segundo lugar, que teria coroado uma corrida já intensa. Mas com os pilotos mais lentos a atrasá-lo, Leclerc viu-se incapaz de resistir a Norris, que aproveitou a oportunidade e deixou a Ferrari em terceiro.
Embora Leclerc tenha mostrado uma forma impressionante ao longo do GP do México, estava visivelmente frustrado com o P3, um sentimento que foi ecoado pelo seu chefe. “Estou um pouco chateado com a situação da bandeira azul,” disse Vasseur, “custou-nos o P2.”
Vasseur está agora a direcionar o seu foco para o próximo GP do Brasil, que terá lugar no formato Sprint, acrescentando pontos extra à luta pelo campeonato. Após um salto na classificação em relação à Red Bull, a Ferrari agora conta com 537 pontos, aproximando-se da McLaren, que lidera com 566. O campeonato continua ao alcance se a Ferrari mantiver o ritmo elevado nas últimas quatro corridas.
À medida que a temporada se aproxima do fim, a Ferrari e a McLaren encontram-se numa disputa entre construtores onde cada posição conta. Com o GP do Brasil à porta, a Ferrari sabe que não pode permitir mais oportunidades perdidas—ou atrasos de pilotos mais lentos—se quiser roubar a coroa à equipa papaya. Para Leclerc e a Ferrari, a perseguição está em curso.