A Renault anunciou esta terça-feira que faturou €11 707 milhões nos primeiros três meses de 2024, o que representa um crescimento de 1,8% face ao período homólogo do ano passado, mas descontando o efeito negativo da desvalorização de moedas como o peso argentino e a libra turca o aumento representa 5,9%.
Em comunicado, o grupo francês revelou que entre janeiro e março vendeu 549 099 veículos em todo o mundo, mais 2,6% do que nos mesmos meses de 2023, reportando receitas de €10 446 milhões para a sua divisão automóvel.
O volume de negócios daquela divisão caiu 0,7% em dados brutos devido ao efeito da desvalorização de moedas importantes para o negócio da marca – a Argentina e a Turquia -, que subtraiu €447 milhões, mas em dados comparáveis aumentou 3,6%.
Segundo a Renault, essa progressão deveu-se, em primeiro lugar, ao que a marca francesa chama de “política comercial centrada no aumento de valor e de preços” para compensar as desvalorizações cambiais.
Desta forma, as vendas a particulares, que oferecem maior rentabilidade, representaram 66% do total e as vendas de híbridos e elétricos representaram juntas 48% para a marca Renault, oito pontos percentuais a mais do que um ano antes.
No entanto, os veículos puramente elétricos representavam no primeiro trimestre do ano 10,5% da marca Renault, quando no mesmo período do ano anterior pesavam 11%.
O diretor financeiro do grupo francês, Thierry Pieton, afirmou que a percentagem de veículos elétricos vai aumentar anos próximos meses beneficiando do lançamento de novos modelos. Recorde-se que a Renault tem 10 lançamentos de programados até o final de 2024 em todos os tipos de motorizações.
“A receita do primeiro trimestre continua a ilustrar a aplicação rigorosa da nossa política comercial focada em valor. A forte carteira de pedidos no final de março e nossos próximos lançamentos proporcionarão uma aceleração sequencial da atividade. Juntamente com um aumento na redução de custos, impulsionarão o nosso desempenho financeiro”, sublinhou Thierry Pieton.