A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) revelou esta terça-feira, que as exportações de componentes automóveis registaram uma descida de 4,5%, atingindo os €672 milhões no último mês de 2024, ficando, no entanto, acima do esperado pela AFIA.
Em comunicado a Associação esclarece que “ao longo do último ano, o setor enfrentou oscilações significativas, mas manteve-se como um dos pilares das exportações nacionais”.
No acumulado de janeiro a dezembro de 2024, as exportações de componentes automóveis atingiram os €11.785 milhões, o que representa uma queda de 4,5% relativamente ao período entre janeiro e dezembro de 2023. Ainda assim, representam 14,9% das exportações nacionais de bens transacionáveis, o que não deixa de representar um valor importante no contexto das exportações nacionais.
A Europa manteve-se como o principal destino dos componentes fabricados em Portugal, absorvendo 88,5% das exportações. No entanto, as vendas para este mercado caíram 5,1% face ao ano anterior. Espanha foi o principal cliente, com 28,3% das exportações, seguida pela Alemanha com 23,4% e da França com 8,4%.
Fora da Europa, destacam-se os Estados Unidos da América, que representam 4,9% das exportações de componentes para automóveis. Já Marrocos, 11.º cliente dos componentes fabricados em território nacional, com uma quota de 2,1%, que registou uma subida expressiva de 26,1%, em 2024 face ao ano de 2023.
“Os dados para o futuro próximo não são animadores. A redução das vendas de veículos no mercado europeu, juntamente com os sinais de queda, informados pelos clientes, que temos vindo a registar, deixam antever tempos, ainda mais, conturbados para o setor automóvel, o que fará com que, provavelmente, as empresas tenham de ajustar a atividade e a capacidade de produção que existe neste momento no nosso país”, disse José Couto, presidente da AFIA.