AUDI. Escreve-se, assim, todo em maiúsculas, o nome da submarca criada, em 2024, pela Audi (49%) e pela chinesa SAIC (51%), destinada ao mercado chinês, e cujo logótipo é formado pelo nome da casa de Ingolstadt, mas desprovido dos seus característicos quatro anéis. E se a edição de 2026 do Salão de Pequim, que terá lugar de 24 de abril a 3 de maio, foi o local eleito apresentar em público a sua mais recente criação, e o seu maior SUV de sempre, a “casa-mãe” decidiu libertar já as primeiras fotografias oficiais de um modelo que será comercializado, em meados do próximo ano, sob a designação EX7 – não restando dúvidas de que, pelo menos no plano estilístico, boa parte das soluções introduzidas pelo protótipo que o antecipou, o AUDI E SUV, mostrado no Salão de Guangzhou de 2025, irão passar para a produção.
Segundo modelo de produção em série desenvolvido pelo consórcio sino-germânico, depois do AUDI E5 Sportback, e concebido específica e exclusivamente para satisfazer as necessidades do maior mercado automóvel do mundo, o E7X começa por impor-se através de um porte significativo: qualquer coisa como 5049 mm de comprimento (50 mm menos do que os 5089 mm do Q7 da primeira geração, datado de 2006, e o primeiro, e maior, SUV alguma vez fabricado pela Audi… 100% germânica), para uma largura de 2002 mm, uma altura de 1708 mm, e uma distância entre eixos de nada menos do que 3060 mm. Em face destas quotas, antevê-se que espaço a bordo é o que não deverá faltar, tanto para passageiros como para bagagens.
Outra característica em que é impossível não reparar é o design exterior dinâmico e futurista (apelidado de “monolítico”), dominado por formas vincadas, pela linha de tejadilho em quebra em direção à traseira, e pelas marcantes assinaturas luminosas dianteira (do tipo LED Matrix) e traseira (de algum modo a fazer lembrar a do Kia EV6…), emolduradas por uma faixa preta, decisivas para um visual exterior, no mínimo, impressionante. Outros atributos a reter, a frente bastante vertical, a correta proporcionalidade entre os vários volumes, os guarda-lamas salientes, e a projeções bastante curtas para um automóvel com tão generosas dimensões.




Segundo a marca dos quatro anéis, o E7X combina as capacidades da Audi (alemã…) no domínio da tecnologia de ponta, com as inovações da SAIC no ecossistema digital chinês. De resto, pouco mais foi adiantado oficialmente, a não ser que o modelo tem por base a plataforma ADP (Advanced Digitized Platform) a 800 V, específica da China, e será disponibilizado com duas motorizações 100% elétricas, uma com 408 cv (300 kW) de potência, a outra com 680 cv. A propósito da sua mais recente criação, Fermín Soneira, CEO do Projeto de Cooperação Audi e SAIC, afirmou: “O AUDI E7X é um SUV sem compromissos. A sua postura confiante, as suas proporções desportivas, e o design progressivo, combinam-se para criar um equilíbrio perfeito entre emoção e usabilidade no dia a dia, moldando um SUV que, de imediato, se sente como ideal para os nossos clientes”.
Mas a publicação chinesa Autohome, através do Ministério da Indústria e Tecnologia de Informação chinês, conseguiu obter mais informações acerca deste imponente SUV. Nomeadamente, que a versão de acesso terá tração traseira e 500 Nm de binário, e a de topo tração integral quattro, e um binário máximo combinado de 800 Nm (ao motor traseiro da variante mais acessível junta-se um motor dianteiro de 252 cv e 300 Nm). Por confirmar, mas vários são os rumores que nesse sentido apontam, espera-se, ainda, que o E7X seja proposto tanto com sete luagres, distribuídos por três filas de bancos, como numa configuração de habitáculo especialmente orientada para o conforto dois passageiros, com apenas quatro lugares.









