A temporada de Fórmula E de António Félix da Costa não poderia ter começado de forma mais brutal. O piloto português da Jaguar foi eliminado pelo estreante espanhol Pepe Martí em São Paulo, descarrilando o que tinha sido uma performance digna de pódio e deixando-o apenas em 11º na bandeira de chegada.
Partindo do sexto lugar na grelha, o piloto de Cascais disparou para a liderança da corrida, demonstrando o ritmo que a Jaguar trouxe ao Brasil. Mas com apenas três voltas restantes, o desastre ocorreu quando o colega de equipa Mitch Evans teve um acidente, acionando as bandeiras amarelas.
Com o pelotão instruído a abrandar em cinco segundos, Félix da Costa recuou imediatamente — mas Martí, fazendo a sua estreia na Fórmula E, reagiu demasiado tarde.
O espanhol colidiu com a traseira do Jaguar de Félix da Costa e com o Porsche de Nico Müller, lançando-se sobre os dois carros numa dramática colisão aérea.
A corrida foi interrompida com bandeira vermelha. E quando a corrida foi retomada para um sprint de uma volta, Félix da Costa foi forçado a reiniciar no fundo do pelotão após o seu carro danificado necessitar de reparações — uma violação das regras da FE.
Ele cruzou a linha em 12º, recuperando mais tarde uma posição devido a uma penalização para o brasileiro Filipe Drugovich.
“Lugar errado, hora errada,” diz Félix da Costa
“Foi um daqueles dias em que estávamos no lugar errado à hora errada,” disse Félix da Costa.
“Não havia absolutamente nada que eu pudesse fazer quando o Pepe Martí simplesmente travou contra mim, destruindo a minha asa e o assoalho do meu carro.”
O campeão de Fórmula E de 2020 admitiu que o resultado foi doloroso, dado a velocidade que mostrou durante todo o dia:
“Num dia com bom desempenho, senti que tinha uma verdadeira oportunidade de sair de São Paulo com um terceiro ou quarto lugar, por isso é difícil sair com zero pontos.”
Ainda assim, ele enfatizou os pontos positivos:
“Fomos competitivos durante todo o dia — na qualificação, onde fui o mais rápido, e na corrida, onde me senti realmente confiante e estava a lutar pelo pódio.”
Dennis Vence Após Estratégia de Ativação Tardia do Modo de Ataque
A vitória foi para o britânico Jake Dennis (Andretti), recompensado por uma ativação de modos de ataque perfeitamente temporizada no final.
O compatriota britânico Oliver Rowland (Nissan) ficou em segundo, a 1.349s de distância, enquanto o neozelandês Nick Cassidy (Citroën) completou o pódio em terceiro.







