A próxima corrida de IndyCar, com 65 voltas, no The Thermal Club, é antecipada como uma batalha mais estratégica do que uma corrida direta até à linha de chegada, de acordo com os pilotos e estrategas de corrida. A combinação única deste evento automóvel, que inclui um circuito longo de 3.067 milhas, curvas acentuadas e uma superfície de pista exigente que agrava a erosão dos pneus, prepara o terreno para um desafio considerável para os 27 pilotos participantes e os seus estrategas.
O resultado da corrida de domingo é previsto como sendo determinado em grande parte por chamadas experientes sobre o uso de pneus na box e por aqueles pilotos que conseguirem encontrar o equilíbrio ideal entre a conservação dos pneus e a manutenção de uma velocidade suficiente para sair vitoriosos.
“Quem sair vitorioso deve muito ao seu estratega,” comentou Pato O’Ward da Arrow McLaren em conversa com a RACER. Ele enfatizou ainda o papel crucial da estratégia na definição dos resultados da corrida, especialmente considerando que uma distância de corrida completa não foi tentada neste local anteriormente. Os pilotos estarão envolvidos num contínuo processo de aprendizagem ao longo da corrida, acrescentou.
O evento não oficial do ano passado, que culminou numa corrida “All Star” de 20 voltas dividida em duas baterias de 10 voltas com uma pausa, fornece algumas pistas sobre o que pode acontecer ao longo das 65 voltas este ano. A maioria dos pilotos optou por conservar os seus pneus durante as 10 voltas iniciais, garantindo que tinham aderência suficiente para suportar o sprint final de 10 voltas sem descer na classificação.
A Firestone, fornecedora de pneus, introduziu um composto primário mais robusto como a única opção de pneu para o evento de 2024. No entanto, este ano, cada carro será equipado com seis conjuntos destes pneus primários mais duros e duráveis, e quatro conjuntos do composto alternativo mais suave, que não foi utilizado em Thermal anteriormente.
As condições desafiadoras em Thermal exigem que os pilotos operem abaixo do limite dos pneus durante cada stint, focando em alcançar o melhor tempo médio de volta entre paragens nas boxes, em vez de explorar ao máximo as capacidades dos pneus.
Tim Cindric, presidente da Team Penske, expressou as suas preocupações sobre os potenciais problemas com os pneus, observando que o verdadeiro impacto da superfície da pista não foi totalmente percebido no ano passado devido à duração mais curta das corridas. Ele previu que a corrida será orientada em torno da posição na pista devido à dificuldade de ultrapassagem.
A corrida deste ano será também a primeira com o sistema híbrido mais pesado da IndyCar. Os carros estão agora 105 lbs mais pesados do que estavam durante a corrida de Thermal do ano passado, aumentando a carga de trabalho das equipas à medida que tentam ajustar os Dallara DW12 mais pesados ao circuito de 17 curvas.
Alex Palou, da Chip Ganassi Racing, que dominou a corrida All Star no ano passado, expressou incerteza sobre o que esperar. Ele disse que, embora os pneus principais sejam mais duros este ano, o peso adicional do híbrido e as voltas extra ainda podem levar a um desgaste significativo dos pneus, semelhante ao cenário do ano passado.
Refletindo sobre a recente corrida em St. Petersburg, onde os pilotos tiveram de lidar com pneus Firestone primários de longa duração e alternados de curta vida, Mike Hull da Ganassi Racing sugeriu que a chave para vencer corridas este ano será a equipa que conseguir conservar a vida útil do pneu principal enquanto conduz mais tempo com pneus primários.
Em conclusão, o próximo Grande Prémio da IndyCar no The Thermal Club promete ser uma exibição emocionante de estratégia e gestão de pneus. As equipas e pilotos que conseguirem navegar com sucesso por estes desafios provavelmente sairão vitoriosos.