Esteban Ocon, o mais recente recrutamento da Haas F1 Team, defendeu veementemente o seu histórico, desconsiderando a noção de que é um “destruidor de companheiros de equipa” como “absoluta parvoíce.” Esta reputação, argumenta, é produto da histeria mediática e de oportunistas.
A mudança de Ocon para a Haas marca a sua quinta troca de equipa e vem acompanhada de um sexto novo companheiro de equipa, Oliver Bearman. Não se pode negar que a jornada de Ocon tem sido turbulenta, manchada por confrontos envolvendo os seus quatro companheiros de equipa anteriores.
Os seus pares não foram tímidos em expressar as suas frustrações. Sergio Perez, durante o seu tempo na Force India/Racing Point, chamou Ocon de “não profissional.” Fernando Alonso, na Alpine, fez uma crítica a ele por “lutar consistentemente contra um carro durante todo o ano.” Após o infame acidente no Grande Prémio de Mónaco de 2024, Pierre Gasly foi abertamente crítico em relação ao “comportamento” de Ocon na pista.
Daniel Ricciardo, que foi parceiro de Ocon na Renault em 2020, não poupou palavras após o incidente em Mónaco: “Não fiquei surpreendido quando aconteceu,” disse ele.
No entanto, Ocon sustenta que esta reputação é injusta e que os incidentes que o envolvem foram frequentemente amplificados. Falando à Motorsport.com, disse: “Acho que as coisas provavelmente foram exageradas em algumas ocasiões.”
Ocon afirma que o seu foco sempre foi trabalhar harmoniosamente com a sua equipa e companheiro de equipa para alcançar o potencial do carro, uma façanha que diz ter conseguido com Sergio, Daniel, Fernando e Pierre. “Com o tempo, o número de incidentes tem sido muito baixo,” acrescentou.
Ocon criticou ainda a tendência dos media para sensationalizar controvérsias. “Assim que há uma manchete, as pessoas gostam de se aproveitar disso,” lamentou.
Apesar da defesa de Ocon, o seu histórico na Force India/Racing Point, onde foram notados cinco confrontos com Sergio Perez, é difícil de ignorar. Respondendo a isso, Ocon admitiu: “Lembro-me de todos eles.” Ele enfatizou o seu compromisso em evitar contacto com os companheiros de equipa, atribuindo os incidentes a corridas apertadas.
Ocon também refletiu sobre o seu tempo com Fernando Alonso na Alpine e Pierre Gasly, reconhecendo as suas batalhas, mas enfatizando as suas conquistas. Falou com carinho de Alonso, elogiando o seu pensamento inovador e as suas habilidades de condução. Relativamente à sua relação com Pierre, Ocon destacou a compreensão mútua e os momentos inesquecíveis que partilharam, como o pódio duplo na chuva no Brasil.
No entanto, o incidente no Grande Prémio de Mónaco com Gasly foi um ponto baixo. Muitos especularam que este foi o catalisador para a saída de Ocon da Alpine. Apesar disso, Ocon mantém uma atitude positiva sobre as suas duas temporadas juntos, acreditando que maximizaram o potencial do carro.
Olhando para o futuro, Ocon tem um novo começo com a Haas e um novo companheiro de equipa, Oliver Bearman. O diretor da equipa Haas, Ayao Komatsu, está otimista sobre esta parceria, acreditando que é uma melhoria significativa em relação à sua anterior formação com Mick Schumacher e Nikita Mazepin em 2021.
Komatsu expressou confiança em Ocon e Bearman, afirmando: “Eles são dois pilotos muito, muito bons. Ambos têm muito mais a provar.” Com uma nova equipa e um novo começo, Ocon tem a oportunidade de redefinir a sua reputação na temporada de F1 de 2025.