Lando Norris, o piloto estrela da McLaren, expressou recentemente a sua surpresa com o desempenho medíocre da Ferrari no Grande Prémio da Austrália. Norris conjecturou que a Ferrari também teria ficado “chocada” com a sua falta de velocidade. Nas sessões de treinos no Circuito de Albert Park, a Ferrari foi percebida como uma ameaça significativa para a McLaren, com Charles Leclerc até a assumir a primeira posição na segunda sessão de treinos livres (FP2).
No entanto, à medida que a disputa pelo top-10 na qualificação se desenrolava, a vantagem competitiva da Ferrari parecia ter deteriorado. Tanto Leclerc como Lewis Hamilton foram empurrados para a quarta fila, a sete décimos dos pilotos da McLaren que dominaram a primeira fila. O dia da corrida também não trouxe alívio para a Ferrari, que lutou com a falta de velocidade e erros estratégicos, resultando nos seus pilotos a terminarem em oitavo e décimo.
Apesar da surpreendente reviravolta nos eventos na Austrália, Norris mantém-se confiante de que tal cenário é improvável de se repetir na China. Ele antecipa que a Ferrari, com o seu legado italiano e tradição nas corridas, fará um forte regresso. Norris reconheceu que a discrepância nas suas performances de qualificação apanhou a McLaren de surpresa. Embora tivessem definido como objetivo a pole position e esperado ser os mais rápidos, também anteciparam que a Ferrari seria uma concorrente próxima.
Os resultados da qualificação, no entanto, contaram uma história diferente. A Ferrari ficou a sete a oito décimos, o que, segundo Norris, não é uma diferença significativa por qualquer padrão. As sessões de treinos também indicaram que a Ferrari não estava muito atrás em termos de velocidade. De facto, as corridas de treino da Ferrari na sexta-feira estavam mais próximas das da McLaren do que as de qualquer outra equipa.
Norris especulou que a Ferrari também poderia ter ficado surpreendida com o seu desempenho na corrida. Isto, disse ele, sublinha a imprevisibilidade das corridas, onde as fortunas podem mudar de um fim de semana para o outro. O conhecimento que Norris e o seu colega de equipa Oscar Piastri acumularam durante o seu tempo na McLaren, acredita ele, oferece-lhes uma vantagem competitiva.
A dinâmica das corridas pode mudar rapidamente, não só de corrida para corrida, mas também de uma stint para outra. Norris citou o desempenho de Max Verstappen no final da corrida como exemplo. Apesar das condições húmidas, Verstappen demonstrou uma velocidade excecional nas voltas iniciais e finais da corrida. No entanto, à medida que a pista secava e a gestão dos pneus se tornava crucial, a experiência de Norris e Piastri veio à tona.
A sua compreensão da dinâmica dos pneus e a capacidade de conduzir o carro de forma eficiente, segundo Norris, têm sido uma vantagem significativa para a McLaren. Nem todas as equipas têm o luxo de ter dois colegas de equipa que podem confiar e desafiar-se mutuamente para ultrapassar limites. Enquanto a Ferrari aposta na sua talentosa linha de pilotos, ainda está a ajudar Hamilton a adaptar-se ao seu novo ambiente. Entretanto, Norris e Piastri, após três temporadas como colegas de equipa, parecem estar na mesma sintonia, o que pode revelar-se uma vantagem significativa nas corridas que se avizinham.