As notícias sobre apreensões de materiais contrafeitos para automóveis são cada vez mais comuns, uma vez que este negócio, que origina prejuízos enormes para a maioria dos fabricantes legítimos das peças, é muito lucrativo para os prevaricadores. Já para os utilizadores que compram mais o barato do que o bom, os riscos são tremendos, pois a qualidade de muitas peças, por ser reduzida, pode originar, no limite, acidentes fatais.
Na megaoperação mais recente realizada no Reino Unido, foram apreendidas peças de todos os tipos, de velas de ignição a filtros de óleo, num total de 110 mil libras esterlinas (cerca de 135 mil euros) – em 2024, por exemplo, a Polícia de Londres descobriu e eliminou 500 airbags contrafeitos. De acordo com a notícia publicada num site britânico do setor automóvel, um estudo da OCDE concluiu que as importações de componentes contrafeitos para o Reino Unido, em 2021, ascenderam a 2,2 mil milhões de libras (cerca de 2,5 milhões de euros). E, noutro estudo, soube-se que uma em cada seis pessoas inquiridas pela agência estatal Intellectual Property Office tinha comprado peças falsas nos últimos 12 meses.
“As peças contrafeitas podem mudar as vidas dos utilizadores de automóveis, ou, mesmo, matá-los. Este crime afeta muitas pessoas. Os componentes não passam nos testes de segurança, e, frequentemente, são feitos com materiais de má qualidade, o que aumenta os riscos de falhas com consequências devastadores”, afirma Helen Barnham, da entidade que supervisiona a propriedade intelectual. “A apreensão mais recente demonstra que os criminosos continuam a explorar o uso de instalações legítimas de armazenamento para guardar produtos falsificados. Estamos a trabalhar em colaboração com as autoridades policiais de todo o Reino Unido para combater este problema, mas os condutores devem permanecer vigilantes, sobretudo quando compram peças na Internet”, acrescentou.








