O novo Citroën ë-C4 X já chegou ao mercado nacional, com o objetivo de ajudar a cumprir a estratégia da marca francesa na sua caminhada para a mobilidade elétrica, e reforçar a sua liderança entre as berlinas do segmento C. Para mais tarde está previsto o lançamento das versões a gasolina e Diesel.
O ë-C4 X começa por destacar-se por constituir uma importante aposta da filial lusa da Citroën. Por um lado, reforça a presença da marca no mercado dos automóveis 100% elétricos. Por outro, pretende-se que contribua para consolidar a sua liderança entre as berlinas do segmento C, alcançada em 2022, no que será coadjuvado, mais tarde, pelas variantes a gasolina e a gasóleo do C4 X.
Tal como estas, o ë-C4 X (que tem por base a plataforma e-CMP da Stellantis) exibe um visual que alia a silhueta fastback ao carácter de uma berlina de quatro portas e à postura de um SUV. Com 4,6 metros de comprimento, posiciona-se abaixo do C5 X (4,80 m), mas acima do C4 de dois volumes (4,36 m), com o qual partilha a distância entre eixos de 2,67 m, mas dispondo de uma bagageira com mais 120 litros de capacidade (510 litros).
Visualmente, referência para a secção frontal, em que marcam presença a assinatura da marca do double chevron com um design arredondado; o capô alto e horizontal, com entalhes côncavos; os grupos óticos com tecnologia de iluminação Citroën LED Vision; e a grelha inferior hexagonal, ladeada pelos faróis de nevoeiro. Ao mesmo tempo, a saia inferior em preto mate do pára-choques dianteiro está ligada aos elementos de proteção lateral e traseiros, enquanto as grelhas das tomadas de ar adotam um padrão “macro hevron”, semelhante ao estreado no protótipo Concept 19-19, e já aplicado nos modelos mais recentes da casa francesa.
Bem apetrechado
No interior, o novo ë-C4 X beneficia de uma interface de nova geração para o sistema de infoentretenimento estreado pelo Citroën C5 X, o My Citroën Drive Plus, com ecrã de 10”, vários widgets personalizáveis, reconhecimento de voz natural, atualizações remotas sem fios e ligações Android Auto e Apple CarPlay. Sendo ainda proposto, de série, nos níveis de acabamento Shine e Shine Pack, um head-up display de 10”.
Pelo seu lado, os bancos Advanced Confort da Citroën além de assegurarem um apreciável encaixe, contam com um forte apoio lombar, e podem ser aquecidos, tal como os traseiros – dispondo, ainda, em alguns níveis de equipamento, de função de massagem. Para incrementar o conforto a bordo, é possível dispor, igualmente, do ar condicionado bizona, e do pára-brisas e do volante aquecidos.
No que toca a cadeia cinemática, o ë-C4 X monta um motor elétrico dianteiro de 136 cv e 260 Nm, anunciando 10,0 segundos nos 0-100 km/h. Quanto à bateria, com 50 kWh de capacidade, garante uma autonomia máxima de 360 km no ciclo WLTP, e pode recuperar 80% da carga em meia hora num posto de carregamento rápido a 100 kW – demorando uma carga completa 7h30m numa Wallbox ou posto público, com o carregador de bordo de 7,4 kW incluído de série, tempo que é reduzido para 5h00 com o opcional carregador embarcado de 11 kW.
Ao volante do novo ë-C4 X, na versão Shine Pack Ëlectric, num primeiro contacto de cerca de 130 km, foi notório o elevado nível de conforto sentido a bordo, em boa parte garantido pela suspensão do tipo MacPherson na frente, e por eixo semi-rígido atrás, dotada dos já célebres amortecedores de batentes hidráulicos progressivos. Significa isto que, nas irregularidades mais acentuadas, a mola e o amortecedor trabalham em conjunto com os batentes hidráulicos de compressão ou de extensão, suavizando, progressivamente, os movimentos, e evitando os impactos no final do respetivo curso. Isto é: ao contrário do que acontece com um batente mecânico, que absorve a energia, restituindo parte da mesma na forma de um impacto, o batente hidráulico absorve e dissipa essa energia.
Características do ë-C4 X são, ainda, a posição de condução mais elevada do que numa berlina convencional, mas bastante correta e a ausência de ruídos e vibrações, que muito contribui para o elevado nível de comodidade sentido a bordo. Destaque, por fim, para o facto de, não obstante tratar-se de um familiar compacto 100% elétrico, o ë-C4 X ter revelado o seu lado mais dinâmico sempre que, no modo Sport, o acelerador foi pressionado com vigor, inclusive em estradas mais sinuosas, mesmo que, amiúde, o controlo eletrónico de estabilidade fosse chamado a intervir para corrigir uma traseira que escorregava um pouco quando o ritmo de condução era mais forte.
Já disponível no mercado nacional, em quatro níveis de acabamento, o ë-C4 X é proposto por €40 191 na versão Feel Ëlectric; por €40 551 na versão Feel Pack Ëlectric; por €42 891 na versão Shine Ëlectric; e por €44 191 na versão Shine Pack Ëlectric.
Versões térmicas
Ao contrário do inicialmente previsto, o C4 X também está disponível em versões animadas por motores térmicos. A variante a gasolina de acesso à gama, equipada com o conhecido três cilindros de 1,2 litros da família Puretech, com 100 cv e caixa manual, a que se junta as opções 1.2 PureTech e 1.5 BlueHDI, ambas com 130 cv e caixa automática de oito relações.