Segundo noticia a BBC, um cidadão britânico “chumbou” nada menos do que 128 vezes consecutivas no exame teórico quando tentava tirar a carta de condução. Crê-se tal “feito” constitua um verdadeiro recorde, pelo menos em terras de Sua Majestade, embora, já no ano passado, um outro candidato só tenha conseguido superar o desafio à 75ª tentativa – além de que, de acordo com dados oficiais, pelo menos 200 condutores falharam essa prova teórica mais de 40 vezes.
Refira-se que, naquelas paragens, o exame teórico que os candidatos a tirar a carta de condução têm de enfrentar, implementado há cerca de três décadas, divide-se em duas partes. Na primeira, têm cerca de uma hora para responder a 50 perguntas de escolha múltipla sobre regras de trânsito, um pouco à semelhança do conhecido “exame de código” português (para serem aprovados, têm de acertar, no mínimo, 43 respostas em 57 minutos). A segunda consiste em identificar perigos na estrada em vídeos que lhes são exibidos (devendo acertar, no mínimo, 44 em 75 situações mostradas).
Segundo a mesma fonte, os 128 exames teóricos realizados, ao preço unitário de 23 libras esterlinas (cerca de €26), terão custado ao candidato qualquer coisa como 3000 libras esterlinas (aproximadamente €3400). Ao passo que efetuar 75 exames terá representado um “investimento” de cerca de 1700 libras (um pouco menos de €2000) ao segundo exemplo acima referido.
Mas o exame de condução propriamente dito – cujo custo é de 62 libras (cerca de €70) nos dias de semana, e de 75 libras (cerca de €85) aos fins de semana e dias feriados – também tem os seus “repetentes crónicos” na Grã-Bretanha. Dois instruendos realizaram a prova 37 vezes sem conseguir passar, e um outro só à 43ª vez conseguiu obter a sua habilitação de condução, o que lhes terá custado uma verba da ordem das 3200 libras (cerca de €3600).
De acordo com dados oficiais, no período de março de 2024 a março de 2025, foram realizados naquele país quase 2,8 mihões de exames teóricos, com uma taxa de aprovação de 44,9%. Ao passo que, nos 1,8 mihões de exames práticos efetuados no mesmo período, a taxa de aprovação foi de 48,7%.
Dado final: como, após reprovação no exame teórico, o candidato tem de aguardar, no mínimo, três dias antes de repeti-lo, e partindo do princípio que aquele que reprovou 128 vezes terá feito o teste, na melhor das hipóteses, uma vez por semana, tal significará que a “proeza” demorou dois anos e meio a ser alcançada. Quem sabe à 129ª tentativa seja de vez?…








