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À medida que a Sauber se prepara para a sua última volta na Fórmula Um, a transição para se tornar a equipa oficial da Audi a partir de 2026 encontrou um obstáculo, de acordo com o renomado comentador David Croft. A saga, que começou com o acordo da Audi para assumir a Sauber em 2022, tem sido uma viagem prolongada e cheia de altos e baixos, marcada por significativas reorganizações de pessoal e mudanças estratégicas.
Andreas Seidl, que inicialmente entrou como CEO da Sauber Motorsport, foi posteriormente nomeado CEO das operações de F1 da Audi. No entanto, a passagem do alemão foi curta. Apenas quatro meses após assumir a função, Seidl foi dispensado da equipa em meio a rumores de uma rixa em curso com Oliver Hoffmann, o ex-chefe de desenvolvimento da Audi que se tornou o representante principal do projeto de F1.
A turbulência não terminou aí. Com Seidl e Hoffmann fora da equação, a Audi trouxe o ex-chefe da equipa Ferrari, Mattia Binotto, para assumir o duplo cargo de COO e CTO. Sob a liderança de Binotto, Jonathan Wheatley, o diretor de longa data da Red Bull, foi contratado como o diretor da equipa de F1. Mas mesmo esta mudança tem a sua própria ressalva – Wheatley não se juntará à equipa antes de julho, no mínimo.
Analisando estes desenvolvimentos, Croft expressou preocupações sobre a transição nem sempre suave. Ele apontou que desde que Nico Hulkenberg foi contratado por Seidl, o lugar de CEO tem assistido a uma troca. Ele também destacou o fato de que ficariam sem um diretor de equipa até abril.
A acrescentar aos problemas está a localização da base da equipa. Hinwil, uma cidade na Suíça, é um obstáculo no projeto da Audi, segundo Croft. Ele revelou que a Audi pretende realocar as operações para o Reino Unido, onde a maioria das equipas de F1 está sediada. A realocação é vista como um movimento estratégico para aproveitar o pool de talentos no Reino Unido, dado que convencer o pessoal a mudar-se para a Suíça, um país caro, não é uma tarefa fácil.
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A performance do motor da Audi continua a ser um mistério, mas há uma pressão inegável sobre a equipa para evitar cair para o fundo da grelha. Numa nota positiva, Croft acredita que a experiência de Hulkenberg e as suas habilidades de desenvolvimento de carros serão inestimáveis para a equipa. Adicionalmente, a seleção de Gabriel Bortoleto, um piloto promissor que poderia atrair patrocínios do Brasil, é vista como uma boa jogada.
Em 2021, foi anunciado que a Audi teria mais espaço dentro do limite orçamental da F1 para compensar os altos níveis salariais em países como a Suíça, onde os custos são 35 a 45 por cento mais altos do que no Reino Unido ou em Itália. A decisão foi tomada para evitar que as equipas fossem prejudicadas devido à operação em países com altos custos laborais, segundo o diretor de monolugares da FIA, Nikolas Tombazis.
À medida que a Sauber se prepara para a sua última temporada na F1, o caminho para se tornar a Audi está a revelar-se cheio de reviravoltas. Apesar destes desafios, a esperança é de um ano melhor e uma transição suave para a Audi, abrindo caminho para uma nova era na Fórmula Um.