A Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) anunciou o falecimento de Fittipaldi Jr., conhecido popularmente como Wilsinho. De acordo com um comunicado da CBA, ele faleceu pacificamente, cercado por entes queridos. Wilsinho participou de 38 corridas de Fórmula 1 durante os anos 1970, inicialmente dirigindo para a Brabham e depois para a Fittipaldi-Copersucar, a primeira e única equipe brasileira de Fórmula 1, que ele estabeleceu ao lado de seu irmão.
Giovanni Guerra, o chefe da CBA, prestou homenagem a Wilsinho, destacando seu talento, visão progressista e a coragem que ele demonstrou ao elevar a reputação do Brasil de uma maneira anteriormente inimaginável. O projeto Fittipaldi-Copersucar estava, sem dúvida, à frente de seu tempo.
Emerson, irmão de Wilsinho, conquistou títulos mundiais de F1 em 1972 e 1974 com Lotus e McLaren, respectivamente, antes de se juntar à Fittipaldi-Copersucar em 1976. Embora o projeto tenha conquistado três pódios em 103 largadas, uma vitória lhes escapou.
Embora a presença de Wilsinho possa ter se apagado da atenção internacional, ele retornou às corridas na década de 1980 e início da década de 1990, competindo no campeonato brasileiro de Stock Car e conquistando várias vitórias. Além disso, ele participou da clássica corrida brasileira Mil Milhas em 1994 e 1995 como parte da equipe vencedora da Porsche, ao lado de seu filho Christian Fittipaldi. Em 1998, ele voltou ao campeonato brasileiro de Stock Car.
Wilsinho também fez uma participação especial pela Mercedes-Benz na etapa de Nürburgring da Copa Europeia de Corrida de Caminhões da FIA em 2000. Em 2008, ele e seu irmão Emerson competiram no Campeonato Brasileiro de GT3, compartilhando um Porsche 997 GT3 gerenciado pela WB Motorsports.
Sobrevivido por seus filhos Christian e Roberta, ambos também competiram na Fórmula 1 no início da década de 1990, o legado de Wilson Fittipaldi Jr. continua vivo. (Reportagem de Gabriel Araujo e Eduardo Simões)