Ainda que a revelação das principais características, já elencadas pelo AutoGear, do Elettrica (denominação por que é conhecido, internamente, o primeiro modelo 100% elétrico da sua história, a lançar na próxima primavera, altura em que também será dada a conhecer a respetiva designação comercial definitiva) tenha sido o maior dos motivos de interesse da apresentação levada a cabo pela Ferrari no Capital Markets Day 2025, a sua presença no evento também serviu para os responsáveis pela casa de Maranello desvendarem outros dados importantes relativos ao seu futuro. Desde logo, a garantia de que vai continuar a produzir modelos com motores térmicos com arquitetura V6, V8 e V12, e que está a trabalhar afincadamente no incremento da eficiência de todas as mecânicas a instalar nos membros que compõem, e irão compor, a sua oferta, inclusive ao nível da respetiva compatibilidade com combustíveis sintéticos. Ao mesmo tempo anunciando que irá apresentar, todos os anos, quatro novidades entre 2026 e 2030 (mantendo-se fiel ao seu princípio de exclusividade traduzido pelo lema “produzir sempre menos um automóvel do que aquilo que o mercado procura”, para que, no início da próxima década, cumprindo-se as previsões, as suas vendas possam ser asseguradas em 40% por modelos com motores exclusivamente de combustão interna, em 40% por modelos híbridos, e em 20% por automóveis totalmente elétricos.



Um dos objetivos da marca do cavallino rampante é aproximar-se a passos largos da neutralidade carbónica, e aumentar a agilidade da sua produção, por forma a lograr produzir, em simultâneo, motores térmicos, híbridos e elétricos, distintas configurações de châssis, e diversos tipos de carroçaria. Isto respeitando “todas as regulamentações vigentes”, nomeadamente no capítulo da compatibilidade ambienta, aumentando a potência específica das mecânicas térmicas, e compatibilizando-as com os combustíveis alternativos. Deste modo, o investimento na próxima geração de desportivos incidirá, fundamentalmente, nos motores de combustão (eletrificados ou não) e elétricos, na eletrónica (mormente nas soluções by-wire, que dispensam ligações físicas entre componentes), na digitalização, nos materiais sustentáveis, e na aerodinâmica ativa.