Louis Schweitzer, presidente e diretor executivo do Grupo Renault de 1992 a 2005, morreu na passada sexta-feira, dia 7 de novembro, aos 83 anos. O suíço foi um elemento-chave no bem-sucedido crescimento da marca francesa, e na criação de Aliança com a Nissan, parceria que também já inclui a Mitsubishi.
Schweitzer, quando assumiu o comando da Renault, em maio de 1992, encontrou a marca em fase de renovação: o Clio encontrava-se no mercado desde 1990, e o Twingo preparava-se para espantar a Europa e tornar-se numa referência obrigatória no segmento dos citadinos. Natural de Genebra,, onde nasceu a 8 de julho de 1942, filho de um ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), e primo de Jean-Paul Sarte, depois de estudar em Paris, no Instituto de Estudos Políticos e na Escola Nacional de Administração, entrou para a marca do losango em 1986.
Antes, esteve ligado à política francesa, como chefe de gabinete do primeiro-ministro Laurent Fabius,.de 1984 a 1986. Essa função proporcionou-lhe um conhecimento empresarial abrangente, que acabou por ajudá-lo a progredir na Renault, sobretudo na área financeira, chegando à respetiva direção, que manteve durante treze anos, a 27 de maio de 1992, sucedendo a Raymond Levy.
Sob a sua liderança, a Renault foi privatizada, em 1996, e passou por um programa de reorganização financeira que proporcionou uma redução significativa da despesa. No entanto, foi mesmo a formação da aliança estratégica com a Nissan, em 1999, que representou um ponto de viragem, devido à partilha de participações acionistas entre os fabricantes. Complementarmente, trabalhou na aquisição da Dacia, em 1999, baseando-se numa visão estratégica ousada e bem-sucedida, como demonstram os números: criar um automóvel barato e fiável, para vender, preferencialmente, em mercados emergentes.
Durante a gestão do suíço, a Renault também foi percursora diversos de progressos em áreas como a segurança e a tecnologia. Abandonou o comando do consórcio em 2005, mas manteve o cargo de Presidente Honorário. “Em nome do Grupo Renault, presto homenagem a Louis Schweitzer, líder visionário, que contribuiu, decisivamente, para a modernização e internacionalização do grupo, com automóveis emblemáticos, como o Twingo ou o Mégane, a compra da Dacia, ou a criação da aliança estratégica com Nissan”, afirmou Jean-Dominique Sénard, Presidente do Grupo Renault. “Sob a sua liderança, o Grupo Renault passou por grandes transformações. A evolução da empresa reflete a visão estratégica que tinha para a companhia. Em nome de todos os nossos colaboradores, presto homenagem à memória de um homem excecional”, referiu o administrador-delegado da empresa, François Provost.








