A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) revelou o relatório de sinistralidade e fiscalização rodoviária, entre janeiro e outubro de 2023, período onde se registaram 30 738 acidentes com vítimas, 421 vítimas mortais, 2254 feridos graves e 36 013 feridos leves no Continente e nas Regiões Autónomas.
Comparativamente com o período homólogo de 2022 observaram-se, exceto no índice de gravidade, aumentos em todos os indicadores: mais 1936 acidentes (+7,0%), mais 19 vítimas mortais (+4,9%), mais 133 feridos graves (+6,9%) e mais 2268 feridos leves (+7,0%).
“De salientar que, relativamente a 2022, de janeiro a outubro de 2023 tem vindo a registar-se um aumento da circulação rodoviária com o correspondente acréscimo no risco de acidente, como se pode concluir do aumento de 7,1% no consumo de combustível rodoviário até outubro de 2023”, revela a ANSR em comunicado
A colisão foi a natureza de acidente mais frequente (52,9% dos acidentes), com 38,5% das vítimas mortais e 46,0% dos feridos graves. Os despistes, que representaram 34,4% do total de acidentes, corresponderam à principal natureza de acidente na origem das vítimas mortais (49,8%).
O relatório adianta ainda que de janeiro e outubro do ano passado foram fiscalizados 134,4 milhões de veículos, quer presencialmente, quer através de meios de fiscalização automática, tendo-se verificado um aumento de 24,3% em relação ao período homólogo de 2022. As infrações ascenderam a 1,1 milhão, ou seja mais 12,3% face ao período homólogo do ano anterior.
O excesso de velocidade foi a infração mais cometida, com 70,6% do total, o que representa um aumento de 18,5% face aos números de 2022. A ANSR indica ainda que se verificaram aumentos “em quase todas as tipologias de infrações, destacando-se, para além do excesso de velocidade, as relativas ao sistema de retenção para crianças (+20,7%), à ausência de seguro (+15,5%) e à ausência de inspeção periódica obrigatória (+14,0%)”.
Já relativamente à carta por pontos, A ANSR adianta que desde a entrada em vigor em junho 2016, o número de condutores que perderam pontos na carta de condução foi de 634,9 mil, e que 2811 condutores ficaram com o seu título de condução cassado até ao final de outubro de 2023.