Brad Keselowski não é apenas mais uma antiga estrela da NASCAR que se tornou proprietário de uma equipa—ele está a criar discretamente uma operação digna de campeonato na RFK Racing. Enquanto os holofotes costumam brilhar sobre equipas poderosas como a Hendrick Motorsports e a Joe Gibbs Racing, a transformação metódica e discreta de Keselowski na RFK está rapidamente a tornar a equipa uma das mais perigosas surpresas da NASCAR.
Com a RFK a expandir-se para três carros em 2025, reunindo Keselowski com o longínquo chefe de mecânicos Jeremy Bullins, e implementando uma reestruturação estratégica, o veterano da NASCAR Kevin Harvick está a dar o alerta: O resto da Cup Series é melhor começar a prestar atenção.
A Evolução da RFK Racing: De Luta a Contender
Quando Keselowski adquiriu uma participação na RFK Racing em 2022, a equipa era uma sombra do que já foi. A falta de consistência e recursos tinha deixado a RFK de fora a olhar para dentro, sem presença nos playoffs em 2024.
Mas passo a passo, Keselowski transformou a cultura, a estratégia de engenharia e a mentalidade competitiva dentro da organização.
“Acho que vimos o poder de Brad Keselowski e as coisas que ele pode fazer com a sua equipa de corrida apenas pelo seu conhecimento sobre o que se passa com o carro, como ele se comporta, as pessoas e os lugares,” explicou Harvick no seu mais recente podcast Happy Hour.
“As melhorias que fizeram na RFK ao longo dos anos são significativas.”
Agora, ao entrar em 2025, a RFK não está apenas a expandir-se—estão a fazer movimentos com a intenção de ganhar campeonatos.
A Grande Mudança de 2025: Uma Potência de Três Carros
Uma das decisões estratégicas mais importantes que Keselowski tomou foi trazer Ryan Preece, recém-saído do seu tempo na Stewart-Haas Racing, para pilotar o terceiro carro da RFK em 2025. Esta expansão sinaliza ambições sérias—e Harvick sabe que a visão de Keselowski está a jogar a longo prazo.
“A expectativa não é ganhar apenas uma corrida por ano com o Brad,” disse Harvick. “A expectativa é competir por um campeonato.”
O Fator Bullins: Uma Reunião que Muda o Jogo
Talvez a maior jogada de xadrez tenha sido quando Keselowski se reuniu com o seu antigo chefe de equipa, Jeremy Bullins, que irá assumir como chefe de equipa do Ford Mustang Dark Horse nº 6 em 2025.
Juntos na Team Penske (2020-2021), Keselowski e Bullins venceram cinco corridas da Cup Series, uma química que pode ser a peça final que a RFK precisa para dar o salto de contender a vencedor.
“O Jeremy tem experiência. O Brad e o Jeremy concordam claramente sobre o que estão a fazer, e sabem que têm de ganhar mais,” destacou Harvick. “No final, a expectativa é que o Brad corra por um campeonato.”
Bullins substitui Matt McCall, que levou a RFK a uma vitória em Darlington em 2024, mas não conseguiu entregar o desempenho consistente de topo que Keselowski espera.
A decisão de Keselowski não foi apenas sobre uma mudança—foi sobre garantir que a RFK tenha a liderança necessária para se tornar uma cultura vencedora.
“Isso dá-te muita confiança de que ele pode criar uma cultura com uma equipa muito rapidamente—um tipo de cultura vencedora,” enfatizou Harvick.
Considerações Finais: É a RFK o Gigante Adormecido da NASCAR?
O estilo de propriedade de Brad Keselowski é todo sobre precisão e paciência. Embora a RFK Racing não tenha dominado as manchetes, Harvick acredita que a transformação lenta mas constante da equipa é um dos desenvolvimentos mais perigosos na NASCAR.
Com três carros, um chefe de equipa de calibre de campeonato, e um piloto-proprietário comprovado à frente, a RFK Racing está à beira de voltar a entrar na elite da NASCAR.
A questão é: O resto da Série Cup verá isso a acontecer?