A performance de Max Verstappen no Grande Prémio do Brasil provoca alívio na McLaren, enquanto a Red Bull evita uma grande aposta.
Num espetáculo emocionante no Grande Prémio do Brasil, Max Verstappen voltou a chamar a atenção, subindo do pit lane para garantir um respeitável P3. No entanto, os verdadeiros fogos de artifício foram acesos nos bastidores da McLaren, onde o diretor da equipa, Andrea Stella, expressou um alívio palpável após a Red Bull ter decidido não assumir um risco significativo que poderia ter alterado o resultado da corrida.
Começando do pit lane, Verstappen enfrentou o desafio de uma paragem antecipada devido a um furo infeliz, obrigando-o a trocar os pneus duros pelos médios. À medida que a corrida se desenrolava, ele fez uma segunda paragem na volta 34, passando para a liderança quando Lando Norris completou a sua paragem final na volta 50, preparando o terreno para um possível confronto. No entanto, a decisão da Red Bull de fazer uma terceira paragem a Verstappen com pneus macios garantiu, em última análise, um lugar no pódio, mas deixou Stella da McLaren a respirar de alívio.
Stella comentou a situação de forma franca, afirmando: “Antes de mais, eu estava a esperar [que Verstappen parasse] porque tornava a nossa vida um pouco mais fácil. Mas a brincadeira [à parte], hoje o nível de degradação foi muito alto. E a certa altura, acho que os pneus simplesmente ficaram sem borracha. Eles sabiam na Red Bull que teria sido uma grande aposta ir até ao fim com o mesmo conjunto.” Esta admissão destaca a tensão e a estratégia que permeavam a corrida, à medida que as equipas navegavam no precário equilíbrio entre risco e recompensa.
A decisão da Red Bull de alterar drasticamente o setup do carro de Verstappen, relegando-o à box devido a uma sessão de qualificação dececionante, tornou-se um ponto crucial na corrida. Stella opina que se Verstappen não tivesse encontrado problemas na qualificação, teria sido um concorrente formidável à vitória. “Ficando no ponto da Red Bull, eles definitivamente aproveitaram a vantagem de ter pneus novos, novos médios, novos macios,” notou ele. “Mas ao mesmo tempo, mostraram uma performance e um ritmo na corrida que são significativos. Sem a situação de ontem na qualificação, acho que Verstappen estaria lá para a vitória.”
O Grande Prémio de São Paulo não apenas destacou a resiliência de Verstappen, mas reforçou a profundidade estratégica das equipas envolvidas. O alívio da McLaren é palpável, e levanta a questão: o que poderia ter sido se a Red Bull tivesse optado por arriscar? À medida que as discussões giram em torno da performance dominante de Lando Norris e dos desafios mais recentes de Oscar Piastri, o verdadeiro drama da corrida reside nas decisões tomadas—ou não tomadas—pelas equipas. Com a batalha pelo campeonato a intensificar-se, cada escolha estratégica será analisada enquanto as equipas se preparam para o próximo confronto.








