No mundo de alta octanagem da NASCAR, o veterano experiente Mark Martin está a clamar por um renascimento dos “bad boys” do desporto. Martin, conhecido pelo seu comportamento direto e franco, tem sido um pilar na comunidade automobilística durante mais de três décadas. Ao longo da sua carreira, trabalhou com alguns dos nomes mais importantes do desporto, pilotando para equipas de topo. Mas agora, expressa a sua preocupação com o estado atual da NASCAR.
Martin recentemente apontou o que acredita ser um problema significativo que afeta a NASCAR hoje em dia: a ausência dos “bad boys”. O consenso entre fãs e críticos é que o desporto se tornou demasiado sanitizado, com os pilotos a suprimirem os seus verdadeiros sentimentos. Segundo Martin, os pilotos, em grande parte, silenciaram-se, o que retira a apelo genuíno original do desporto.
Num anseio nostálgico pelos dias antigos, Martin expressou o seu desejo de que a NASCAR retornasse às suas raízes. Numa conversa com Chase Holden, sublinhou a necessidade de pilotos como Tony Stewart. Stewart, conhecido pelo seu espírito audacioso e ardente, nunca se esquivou de expressar as suas opiniões, independentemente das consequências.
Martin elogiou Stewart, afirmando: “Precisamos de Tony Stewart. Tony Stewart não se importava. Ele era tão bom que não podiam esmagá-lo… Mas precisamos de um tipo que seja tão talentoso, um tipo ao nível de Kyle Larson, que não é o estilo de Kyle, mas precisamos de um tipo com esse nível, um talento geracional que venha e seja apenas real, sabes.”
Stewart, venerado pelas suas infames confrontações com outros pilotos e pelo seu talento notável, respaldou as suas palavras com múltiplos campeonatos tanto na NASCAR como na IndyCar.
Ecoando os seus sentimentos nas redes sociais, Martin enfatizou a necessidade de pilotos destemidos que possam elevar a NASCAR à sua antiga glória. Ele twittou: “Nunca levante o pé. Manter o pé firmemente plantado no pedal do acelerador, sem qualquer consideração pelo resultado possível; pode muitas vezes terminar com resultados catastróficos, mas com a execução adequada, tem sido conhecido por criar lendas.”
Esta declaração trouxe à mente outro condutor audacioso, Kyle Busch, conhecido como ‘The Rowdy.’ Busch, notório pelo seu estilo de condução destemido e pela sua postura sem desculpas, encapsula o espírito de uma verdadeira lenda da NASCAR. A sua atitude foi melhor resumida na sua icónica entrevista pós-corrida em Chicagoland em 2018, onde afirmou de forma direta: “Não sei do que é que vocês estão a queixar-se, mas se não gostam desse tipo de corridas, nem sequer vejam.”
No entanto, à medida que a carreira de Busch entra nos seus anos crepusculares, um novo concorrente, Carson Hocevar da Spire Motorsports, parece encaixar-se na descrição de Martin. Hocevar exibiu a sua natureza agressiva após um incidente em Atlanta com Ryan Blaney e Ross Chastain, afirmando: “Há apenas tanto que eu poderia fazer… Não vou pedir desculpa por ter a oportunidade de ganhar uma corrida.”
Quanto a Kyle Busch, já passaram 62 corridas desde a sua última vitória, um contraste marcante com a sua notável série de 19 anos de vitórias que terminou no ano passado. A especulação é intensa sobre o seu futuro, especialmente após a sua bem-sucedida passagem pela cabine de comentários para uma corrida da Xfinity. O colega piloto, Denny Hamlin, até sugeriu que Busch deveria considerar trocar as suas botas de corrida por um lugar permanente na cabine de comentários.
À medida que a NASCAR continua a evoluir, o apelo de Martin pelo regresso dos “bad boys” serve como um lembrete do passado cru e sem filtros do desporto. Resta saber se isso irá catalisar uma mudança, mas certamente adiciona uma camada de intriga à narrativa em curso sobre o futuro da NASCAR.