O Dilema da Alpine: Quem se Juntará a Pierre Gasly na Temporada de F1 de 2026?
À medida que a poeira assenta nas preparações para a temporada de Fórmula 1 de 2026, a tensão é palpável. Com apenas quatro equipas a faltar para finalizar as suas formações de pilotos, todos os olhares estão voltados para a Alpine. Enquanto a Mercedes se prepara para manter George Russell e Andrea Kimi Antonelli, o futuro do segundo lugar da Alpine está envolto em incerteza. Pierre Gasly, o piloto principal da equipa, está assegurado até 2028, mas o destino de Franco Colapinto, que ainda não conseguiu marcar um ponto em 2025, está em suspenso.
A jornada de Colapinto tem sido difícil. Após um período promissor com a Williams, onde conseguiu dois finais pontuáveis na sua temporada de estreia, o jovem piloto tem lutado para encontrar o seu lugar nas turbulentas águas da Fórmula 1 este ano. Com o seu contrato atual em jogo, a questão que se coloca é: deve a Alpine renovar o seu contrato ou trazer novo talento?
Embora seja fácil para os insiders da F1 esquecerem desempenhos passados, Colapinto foi uma vez aclamado como uma estrela em ascensão. No ano passado, ele superou o seu colega de equipa Alex Albon apenas no seu segundo fim de semana de Grande Prémio — uma proeza que gerou entusiasmo entre os fãs. No entanto, a sua propensão para erros tem-lhe perseguido, levando a especulações sobre o seu futuro. Descartá-lo agora poderia refletir os erros da Red Bull no passado, onde passaram por vários pilotos, alheios ao facto de que o verdadeiro problema estava no seu carro.
A Alpine não é estranha à pressão, e com Flavio Briatore ao leme, a tentação de fazer movimentos audaciosos está sempre presente. No entanto, puxar o gatilho em Colapinto pode ser um erro grave se não for encontrado um substituto adequado. Poderá Yuki Tsunoda, atualmente na AlphaTauri, ser a resposta? Se a Red Bull decidir abrir espaço para o talento da F2 Arvid Lindblad, os dias de Tsunoda na AlphaTauri podem estar contados. Apesar de desempenhos inconsistentes, a velocidade e a experiência de Tsunoda podem ser inestimáveis para a Alpine. A sua parceria anterior com Gasly na AlphaTauri acrescenta outra camada de intriga, uma vez que a sua camaradagem pode fomentar a unidade da equipa.
Mas o tempo está a passar, e a Alpine precisa agir rapidamente. Entra Leonardo Fornaroli—um nome que está a ganhar rapidamente destaque. Após uma temporada consistente e impressionante na F2, Fornaroli provou o seu valor sem o apoio de uma academia de topo. Ele conta com vitórias e classificações pontuáveis, tudo enquanto mantém um registo de condução limpo. Se Gabriel Bortoleto pode ter um impacto imediato na F1, Fornaroli merece a mesma oportunidade. A Alpine precisa de fiabilidade, e Fornaroli encaixa-se perfeitamente no perfil.
Não vamos rodear a questão: Colapinto não é uma superestrela. A sua ascensão à F1 tem sido marcada pela mediocridade e por uma mera sorte. Embora os seus primeiros desempenhos na Williams tenham mostrado potencial, estes não foram sustentáveis. Atualmente, ele continua sem pontuar pela Alpine, e a organização está a enfrentar problemas mais profundos do que apenas o desempenho do piloto. Com a gestão em mudança e especulações a girar sobre potenciais aquisições, a Alpine precisa de estabilidade mais do que nunca.
A realidade é clara: o futuro de Colapinto depende de saber se a Alpine pode proporcionar um ambiente propício ao crescimento. Com apenas 22 anos, ele ainda está a encontrar o seu caminho. Talvez um pouco de paciência possa trazer frutos. Se ele conseguir adaptar-se às novas regulamentações e a equipa oferecer apoio inequívoco, ele pode surpreender todos.
No entanto, a concorrência é feroz. Luke Browning, que atualmente está a destacar-se na F2, é também um candidato ao lugar na Alpine. Com nove pódios esta temporada, incluindo uma vitória em Monza, Browning está a provar ser uma força formidável. O seu percurso e experiência, incluindo um teste com a Williams, sugerem que ele poderia integrar-se sem problemas.
Com tantas variáveis em jogo, a Alpine enfrenta uma decisão monumental: desenvolver o potencial de Colapinto ou arriscar em talento novo. A pressão está a aumentar, e os riscos nunca foram tão altos. À medida que o relógio avança para a temporada de 2026, só o tempo dirá quem irá fazer par com Pierre Gasly na Alpine. A equipa deve agir de forma decisiva para garantir um futuro em que os fãs e os stakeholders possam acreditar.