Tensões Aumentam no GP de São Paulo: Colisão de Piastri com Antonelli Desencadeia Controvérsia
Num eletrizante Grande Prémio de São Paulo que deixou os fãs na expectativa, os sonhos de campeonato de Oscar Piastri sofreram um golpe devastador após uma penalização controversa por colidir com o piloto da Mercedes, Kimi Antonelli. O incidente não só acabou prematuramente com a corrida de Charles Leclerc da Ferrari, como também fez com que Piastri caísse para o quinto lugar, alargando a diferença entre ele e o seu colega de equipa na McLaren, Lando Norris, que conquistou a vitória. Com apenas três corridas restantes na temporada, Piastri agora está a 24 pontos de Norris, um retrocesso devastador para o australiano.
O drama desenrolou-se na volta seis, logo após a corrida ser retomada após o Safety Car. À medida que os pilotos se dirigiam em direção às desafiadoras Senna Esses, Piastri viu-se encurralado entre Antonelli e Leclerc, levando a uma situação caótica de três em fila. Tentando uma manobra ousada por dentro, Piastri travou a roda, resultando numa colisão catastrófica que fez Antonelli colidir com o Ferrari de Leclerc, acabando com as esperanças deste último de um final competitivo.
A audácia de Piastri rapidamente se transformou em desespero quando os comissários o consideraram “totalmente responsável” pela colisão, aplicando-lhe uma penalização de 10 segundos, que ele cumpriu durante a sua paragem nas boxes. Além disso, foram acrescentados dois pontos de penalização à sua superlicença, uma decisão que os comissários justificaram como “apropriada e consistente com precedentes recentes.” A sua decisão baseou-se no fato de que o eixo dianteiro de Piastri não estava alinhado com o espelho de Antonelli, um detalhe crucial no debate em curso sobre a legalidade da manobra.
Apesar do veredicto dos comissários, Piastri manteve-se desafiante, sem expressar arrependimentos pela sua ousada tentativa. “Tive uma oportunidade muito clara, fui em frente,” respondeu quando questionado após a corrida. “Os outros dois do lado de fora travaram bastante tarde… Não posso desaparecer, mas a decisão é o que é.”
Entretanto, o diretor da McLaren, Andrea Stella, adotou uma abordagem ponderada, reconhecendo a decisão dos comissários enquanto insinuava uma possível revisão do incidente, afirmando que iriam “respeitar a decisão” e seguir em frente. No entanto, o CEO da McLaren, Zak Brown, recorreu às redes sociais, classificando a penalização como “dura”, gerando mais debate entre fãs e peritos.
Leclerc, por sua vez, comentou o incidente, sugerindo que a culpa não deveria recair apenas sobre os ombros de Piastri. “Oscar estava otimista, mas Kimi sabia que Oscar estava por dentro… Para mim, a culpa não é toda de Oscar,” afirmou, expressando frustração, mas, no final, adotando uma visão equilibrada da caótica circunstância.
Antonelli, apanhado no meio da confusão, ecoou os sentimentos de Leclerc, afirmando que tentou dar espaço a Piastri, mas acabou sendo apertado. “Tive um mau reinício… Tentei travar tarde sem bloquear… mas depois, obviamente, ele bloqueou, começou a perder o ápice e então bateu em mim,” explicou, lamentando o incidente que terminou a corrida de Leclerc.
As repercussões da colisão suscitaram discussões acaloradas entre os peritos, com muitos a sentirem que Piastri foi penalizado de forma injusta. Jamie Chadwick comentou que o incidente tinha elementos de um “incidente de corrida,” argumentando que Antonelli poderia ter lidado com a situação de forma diferente. “A pessoa que não usou necessariamente todo o espaço disponível para ele é Kimi,” afirmou, colocando-se ao lado de Piastri.
Karun Chandhok acrescentou à conversa, criticando as diretrizes atuais e sugerindo que as regras aplicadas ao incidente podem estar erradas. “Acho que é aqui que… as diretrizes não funcionam bem,” notou, defendendo uma penalização mais branda à luz das consequências do incidente.
Enquanto a Fórmula 1 se prepara para o seu próximo capítulo emocionante com o Grande Prémio de Las Vegas marcado para 21 a 23 de novembro, o drama de São Paulo deixa os fãs a questionar a justiça das regulamentações de corrida e as altas apostas de uma luta pelo título que continua tão feroz como sempre.








