A McLaren está a perder mais uma estrela para o império em ascensão da Red Bull?
Num desfecho surpreendente que pode remodelar o panorama da Fórmula 2, Alex Dunne anunciou oficialmente a sua saída do programa de desenvolvimento de pilotos da McLaren, provocando ondas na comunidade do desporto motorizado. Esta decisão inesperada surge num momento crucial da temporada de F2, com especulações a aumentar sobre um possível movimento do jovem piloto irlandês para a Red Bull Racing.
A Red Bull está à procura, de olho em talentos promissores para reforçar o seu já formidável elenco de jovens pilotos. Os nomes Arvid Lindblad, Pepe Martí e Oliver Goethe têm estado em destaque, todos a lutar por um lugar cobiçado na equipa Red Bull Racing até 2026. No entanto, a iminente mudança de Dunne pode alterar dramaticamente a trajetória destas estrelas em ascensão.
Dunne, com apenas 19 anos, ocupa atualmente o quinto lugar na classificação do campeonato, liderando concorrentes como Martí e Lindblad, com duas vitórias no seu currículo e duas corridas restantes. Ele recorreu às redes sociais para expressar a sua gratidão à McLaren pelas oportunidades que lhe proporcionaram, incluindo a sua estreia na Fórmula 1 durante as sessões de treinos livres em Monza e na Áustria. Apesar do seu percurso bem-sucedido, Dunne deixou claro que o seu foco está agora totalmente em terminar a sua temporada de F2 em grande, mas os rumores de uma ligação à Red Bull estão a tornar-se cada vez mais fortes, com Helmut Marko supostamente interessado em integrá-lo na equipa.
Quem é esta estrela em ascensão, Alex Dunne? Nascido em 2005 em Clonbollogue, no Condado de Offaly, Dunne é aclamado como a próxima grande sensação do automobilismo na Irlanda. Filho do antigo piloto Noel Dunne, ele construiu uma trajetória de carreira impressionante, subindo rapidamente nas classificações do karting, onde conquistou a WSK Champions Cup em 2019. A sua entrada nos monolugares começou em 2021, competindo nos campeonatos de Fórmula 4 Espanhola e Alemã, antes de saltar para os holofotes como o campeão da Fórmula 4 Britânica em 2022. Nesse ano, também garantiu o segundo lugar na F4 Italiana e ficou em quarto na F4 dos EAU.
A promissora jornada de Dunne continuou, terminando como vice-campeão no Campeonato GB3 em 2023 e apresentando desempenhos consistentes na Fórmula 3 em 2024. A sua relação com a McLaren aprofundou-se ao juntar-se ao seu programa de desenvolvimento, assumindo funções de reserva e desenvolvimento na Fórmula E. Em 2025, fez a sua estreia na Fórmula 2 com a Rodin Motorsport, ganhando corridas e posicionando-se como um candidato ao título, enquanto também fez história como o primeiro piloto irlandês em mais de duas décadas a participar em sessões de treinos livres da F1, pilotando para a McLaren na Áustria.
Mas qual é o problema subjacente da McLaren? A realidade é clara: a equipa está a ter dificuldades em criar caminhos para talentos emergentes. Com Lando Norris e Oscar Piastri ambos com menos de 25 anos, a formação da equipa é relativamente jovem, deixando escassas oportunidades para novos pilotos como Dunne. Em contraste, a Red Bull dispõe do dobro de lugares, apresentando uma perspetiva mais apelativa para corredores ambiciosos. Este problema não é exclusivo da McLaren; outras equipas como Mercedes, Williams, Haas e Alpine também estão presas a planos de longo prazo com os seus pilotos atuais. Entretanto, equipas como Ferrari e Aston Martin estão a alinhar veteranos perto do fim das suas carreiras, mas ainda capazes de proporcionar um desempenho excecional.
À medida que a poeira assenta sobre a saída de Dunne da McLaren, uma coisa é clara: a porta para a Red Bull está escancarada, e as oportunidades estão maduras para serem aproveitadas. Para pilotos como Dunne, é uma oportunidade de ouro, e resta saber como esta possível mudança irá moldar o futuro da Fórmula 1 e as carreiras dos envolvidos. Mantenham os olhos abertos—isto é apenas o começo de um emocionante novo capítulo no mundo do desporto motorizado!