As vendas globais de veículos elétricos e híbridos plug-in aumentaram 24% em junho de 2025, face ao mesmo mês de 2024, à medida que a mudança para veículos elétricos manteve o ritmo na China e na Europa.
Segundo os dados da empresa de pesquisa de mercado “Rho Motion”, revelados esta terça-feira pela “Reuters”, as vendas de veículos elétricos nos Estados Unidos caíram 1% no mês e vão ter dificuldade para recuperar nos restantes seis meses, depois do presidente Donald Trump ter terminado com os incentivos à compra de veículos elétricos.
A América do Norte, também afetada pela desaceleração das vendas no Canadá, ficou pela primeira vez atrás dos países do “resto do mundo”, que incluem mercados emergentes no Sudeste Asiático e na América do Sul e Central, disse Charles Lester, responsável da “Rho Motion”.
A mesma fonte adianta que o setor automóvel global está a debater-se com uma tarifa de importação de 25% nos Estados Unidos, o segundo maior mercado de automóveis do mundo, fazendo com que muitos construtores automóveis tenham revisto as suas previsões para 2025.
Já na Europa, incentivos para compra de veículos elétricos em mercados importantes como Alemanha e Espanha, juntamente com uma crescente disponibilidade de veículos elétricos de baixo custo, devem continuar a suportar às vendas de automóveis elétricos durante o segundo semestre do ano.
Embora alguns dos veículos elétricos de maior sucesso no segmento de veículos pequenos sejam produzidos por montadoras europeias, como VW e Renault, os de marcas chinesas, incluindo a BYD, estão a conquistar quota de mercado e impulsionando o crescimento em mercados emergentes.
Segundo os dados da “Rho Motion”, as vendas globais de veículos 100% elétricos e híbridos plug-in subiram para 1,8 milhões de unidades em junho. As vendas na China aumentaram 28% em relação ao mesmo mês do ano passado, para 1,11 milhões de veículos.
Já a Europa registou um aumento de 23%, para cerca de 390.000 unidades, enquanto as vendas na América do Norte caíram 9%, para mais de 140.000. Por seu lado as vendas nos restantes mercados mundiais aumentaram 43%, ultrapassando os 140.000 veículos.