A caminhada para a mobilidade elétrica da Mercedes-AMG, está a ser feita com estilo e com propostas arrojadas e potentes.
Desta vez a AMG decidiu apresentar o concept AMG GT XX, que antecipa a chegada do futuro topo de gama elétrico da divisão desportiva da Mercedes, que será baseado na arquitetura de elevado desempenho AMG.EA.

Esteticamente este coupé de quatro portas apresenta uma imagem radical, com uma secção frontal marcada por uma grelha específica da AMG com dez aletas verticais que incorpora uma característica distintiva da AMG. No entanto, foi aperfeiçoada com a sua forma mais oval e côncava. A estrela Mercedes está integrada no centro. Os faróis auxiliares estreitos e retangulares estão embutidos nas extremidades exteriores da grelha. Nota ainda para os faróis principais dispostos verticalmente que criam detalhes inovadores com as luzes de médios e as luzes de máximos uma sobre a outra, um capot rebaixado e um para-brisas inclinado.
Já a traseira apresenta uma imagem de fastback, sem vidro traseiro e com uma assinatura luminosa marcada por seis farolins redondos, em grupos de três, que são unidos por um painel de luzes de 730 LEDs que podem exibir uma série de mensagens.

Para além disso, destaque para um spoiler aerodinâmico que é ativado nas travagens mais bruscas ou a alta velocidade, e que trabalha em conjunto com um difusor de generosas dimensões em fibra de carbono.
A eficiência aerodinâmica do concept AMG GTXX estende-se ainda às jantes de de liga leve de 21’’, que estão dotadas de secções que abrem e fecham para contribuir para o arrefecimento do sistema de travagem, e fecham a alta velocidade para contribuir para uma melhor aerodinâmica e reduzir o arrasto.

Tudo isso para resultar num meticuloso aperfeiçoamento aerodinâmicos de forma a reduzir o coeficiente de arrasto, o que contribui para um desempenho a alta velocidade, bem como para uma maior autonomia em altas velocidades. Desta forma o concept AMG GTXX apresenta um coeficiente de arrasto aerodinâmico (Cd) é de 0,198.
Com 5.20 metros de comprimento, 2.13 m de largura e 1.31 mm de altura, o GT XX é 150 mm mais longo, 61 mm mais largo e 130 mm mais baixo do que o GT Coupé de 4 portas com motor de combustão interna, lançado em 2018.

O interior GT XX assemelha-se a um simulador de corridas, ou seja, está reduzido ao essencial, com detalhes em prata e cor de laranja. No centro das atenções estão os materiais de alta qualidade com diferentes texturas que são tão agradáveis ao toque quanto à vista. As estruturas visíveis da carroçaria e os componentes interiores inspirados em cabos de alta tensão criam uma estreita ligação ao desporto automóvel, a origem da AMG.
O posto de condução purista, está dotado de dois ecrãs integrados, que foi concebido totalmente tendo em consideração a condução. O veículo e todos os seus instrumentos são controlados através do painel de instrumentos de10,25’’ e do sistema de infoentretenimento que conta com um ecrã 14’’.

A este ambiente tecnológico, junta-se um volante compacto inspirado no AMG ONE, com a sua geometria quase retangular e duas barras horizontais em ambos os lados, com inspiração no automobilismo. As patilhas do volante servem para controlar a regeneração energética.
O coração do GT XX é seu sistema de transmissão que faz uso de três motores elétricos de fluxo axial, dois colocados no eixo traseiro e um na dianteira, que pode ser desacoplado sob cargas leves para reduzir o arrasto mecânico. A potência combinada é de 1341 cv, enviada às quatro rodas por meio de um sistema 4Matic+ totalmente variável.
Graças a potência máxima, o concept AMG GT XX pode atingir velocidades máximas superiores a 360 km/h. Em combinação com a nova bateria de elevado desempenho, os três motores de fluxo axial atingem um nível de desempenho completamente novo, particularmente no que diz respeito à potência contínua. Isto permite que o AMG GT XX seja levado ao seu limite repetidamente, oferecendo um novo nível de desempenho contínuo que, até agora, era quase impensável no mundo da mobilidade elétrica.

A alimentar os três motores está uma bateria de células cilíndricas refrigerada a óleo de 114 kWh, desenvolvida em parceria com a divisão de motores de Fórmula 1 da AMG em Brixworth, Northamptonshire. Segundo a AMG, a imersão em óleo oferece maior área de superfície e transferência de calor mais eficiente sob carga contínua do que o resfriamento a líquido convencional.
Desta forma, a bateria permanece numa faixa de temperatura ideal, mesmo durante uma condução desportiva, permitindo não só um elevado desempenho em estrada, mas também um carregamento extremamente rápido, o que permite anunciar que o concept pode recarregar energia para cerca de 400 quilómetros de autonomia (WLTP) em cerca de cinco minutos, apesar da marca de Affalterbach não ter revelado a autonomia do concept.
Operando a “mais de” 800 V, a bateria teoricamente suporta carregamento CC de até 850 kW, embora nenhum carregador público ofereça atualmente essa capacidade.
