Antonio Felix da Costa está totalmente focado no Campeonato Mundial de Fórmula E e acredita que a inteligência de corrida e saber quando arriscar serão a chave para garantir o seu segundo título.
Atualmente a liderar a classificação após garantir segundos lugares consecutivos nas rondas iniciais, o piloto da Porsche entende que a consistência—não apenas as vitórias—é a chave para o sucesso.
“Só temos que continuar a fazer o que estamos a fazer, correr de forma inteligente e medir os riscos que tomamos,” disse da Costa aos jornalistas. “Quero que este seja o ano da consistência, e acho que essa é a chave.”
Gerir Riscos vs. Recompensas
No mundo imprevisível da Fórmula E, onde gestão de energia e decisões em frações de segundo definem as corridas, da Costa enfatizou que escolher as batalhas certas é crucial.
“Estivemos em posição de vencer duas corridas, mas no final, ficamos com o segundo lugar, porque sabemos qual é o objetivo final.”
É um campeonato longo, e enquanto vencer corridas é crucial, terminar consistentemente nos pontos é o que separa os campeões dos desafiantes.
Da Costa aprendeu esta lição da maneira mais difícil na Temporada 10, onde venceu quatro corridas mas terminou apenas em P5 na classificação devido a inconsistências.
Aceitar o Papel da Sorte na Fórmula E
O piloto da Porsche também reconheceu que a sorte desempenha um papel na Fórmula E. Com o formato de corrida sensível à energia da série e circuitos urbanos caóticos, os apostadores às vezes são recompensados.
“Haverá mais pessoas a ganhar corridas com um pouco de sorte este ano, e isso é aceitável,” admitiu da Costa. “Se perdermos uma corrida porque fizemos algo errado, então sim, precisamos dar-nos uma palmada na mão e aprender com isso.”
Mas quando rivais como Mitch Evans (Jaguar) e Oliver Rowland (Nissan) conseguem vitórias devido a apostas estratégicas, ele aceita isso como parte do desporto.
“Perder para o Mitch no Brasil e para o Oliver no México—é uma pena, mas não vou ficar chateado com isso.”
Desafio de Jeddah: Um Circuito Suave mas Desconhecido
Este fim de semana, a Fórmula E dirige-se à Arábia Saudita, onde o Circuito Corniche de Jeddah irá receber a sua primeira corrida de Fórmula E.
Ao contrário dos habituais circuitos urbanos acidentados, a superfície lisa de Jeddah apresentará um desafio único para os pilotos.
“Sempre que vamos a lugares super lisos, parece realmente estranho para mim. Não estamos habituados a este tipo de pista,” disse da Costa.
Apesar das condições incomuns, a Porsche tem um forte histórico em circuitos permanentes, o que dá confiança ao piloto português.
“Olhando para Misano, México e Xangai, fizemos bem nesses lugares, por isso não estou a antecipar nada de extraordinário aqui.”
A Grande Imagem: Um Título à Vista
Com a Porsche a fornecer um carro competitivo, da Costa vê um top cinco em Jeddah como um objetivo realista. Mais importante, ele está focado no seu plano de jogo de corridas inteligentes e calculadas em vez de arriscar de forma imprudente.
“Temos tudo para estar no top cinco. O fluxo da pista parece bastante interessante no simulador. Vamos ver.”
Depois de ter ficado de fora da luta pelo campeonato na temporada passada, da Costa está determinado a transformar o seu forte início numa campanha vencedora de título. E se continuar a equilibrar agressividade com inteligência, o título da Fórmula E pode muito bem estar ao seu alcance.