A Grande Corrida Americana está a poucos dias de distância, e Joey Logano, o vencedor da pole do Daytona 500 de 2024, tem um aviso claro sobre a desvantagem que as equipas menores enfrentam à medida que se aproximam da maior corrida da temporada da NASCAR. Embora o nível de paridade na era Next-Gen tenha aumentado, Logano acredita que gigantes com grandes orçamentos como Team Penske, Hendrick Motorsports e Joe Gibbs Racing ainda têm uma vantagem injusta sobre as equipas menores que tentam qualificar-se.
Com 36 equipas charter já confirmadas, nove pilotos abertos vão lutar por quatro lugares restantes. Mas é realmente uma luta justa?
Logano: “Todos Precisam de uma Oportunidade Justa”
Logano, campeão do Daytona 500 por duas vezes, expressou as suas preocupações numa entrevista à SiriusXM NASCAR Radio, enfatizando como a falta de tempo de prática cria um campo de jogo desigual.
“Estás a qualificar-te para a Grande Corrida Americana – mais olhos no nosso desporto do que nunca. E depois pedes a todos para irem lá fora de forma abrupta, sem sequer ter corrido com o carro – e tens muitos pilotos que simplesmente não estiveram aqui. Alguns deles não têm muita experiência em equipas… todos precisam de uma oportunidade justa.”
Esta abordagem de “cold turkey” é particularmente difícil para as equipes abertas, já que veteranos como Helio Castroneves—um quatro vezes campeão da Indy 500—nunca conduziram um carro Next-Gen antes. Logano teme que uma sessão de treino não seja suficiente para preparar adequadamente as equipas menores para os Duels, deixando-as em desvantagem face às principais equipas da NASCAR.
A Vantagem Inerente das Grandes Equipas
Embora o carro Next-Gen tenha sido projetado para criar paridade, Logano acredita que as equipas poderosas ainda têm uma grande vantagem devido à sua experiência e recursos.
“Há muitas equipas que têm um ganho maior com isso… porque os processos não são típicos da Team Penske, Hendrick ou Gibbs – eles têm um processo para tudo. Por causa disso, raramente há problemas – às vezes há, mas não muito frequentemente. Para uma equipa menor, não é como se pudesses resolver essas questões em qualquer outro lugar.”
Equipas mais pequenas frequentemente carecem de recursos, pessoal e dados para otimizar os seus carros rapidamente. Entretanto, organizações como Penske, Hendrick e Gibbs têm departamentos inteiros dedicados a resolver problemas em tempo real. Se algo correr mal para uma equipe de orçamento mais baixo, podem não ter sequer os fundos ou o pessoal para reparar o carro a tempo para os Duels.
O formato de Daytona favorece as grandes equipas?
Daytona é uma pista conhecida pela sua imprevisibilidade, no entanto, a qualificação e a preparação para a corrida ainda favorecem fortemente as equipas com melhor financiamento.
🏎️ Vantagem das Grandes Equipas:
✅ Mais recursos para configuração e reparações do carro
✅ Melhor engenharia e tecnologia para velocidade
✅ Experiência com drafting e estratégia de corrida
🏎️ Desvantagem das Pequenas Equipas:
❌ Tempo de prática limitado
❌ Menos membros da equipa experientes
❌ Menos dados para afinar as configurações
Para as novas equipas como Garage 66 e Legacy Motor Club, cada volta conta. Qualquer problema que surja na prática ou na qualificação pode ser decisivo para a corrida antes mesmo de começar.
“As equipas mais pequenas não têm tempo para resolver problemas antes de os Duelos começarem.” — Joey Logano
Há alguma esperança para as equipas mais pequenas?
Embora Logano pinte um quadro sombrio, Daytona tem sempre as suas surpresas. As equipas mais pequenas têm algumas vantagens ocultas que podem ajudá-las a destacar-se no campo:
🔹 Oportunidades de Drafting – Mesmo as equipas subfinanciadas podem acompanhar o grupo da frente se encontrarem parceiros de drafting fortes.
🔹 Estratégia de Combustível – A estratégia de paragem pode criar vantagens inesperadas, permitindo que equipas mais pequenas ganhem posição na pista.
🔹 O Grande Acidente – Os inevitáveis acidentes em Daytona podem eliminar os principais concorrentes, abrindo caminho para uma equipa surpresa.
Já vimos histórias de underdogs antes. Michael McDowell (2021) e Trevor Bayne (2011) ganharam ambos as 500 Milhas de Daytona como outsiders. Mas para equipas abertas que apenas tentam qualificar-se, o aviso de Logano é claro: o campo de jogo ainda não está equilibrado.
Veredicto Final: Está Logano Certo?
As preocupações de Joey Logano são válidas—as grandes equipas têm absolutamente uma vantagem. Mas Daytona sempre foi uma incógnita, e essa imprevisibilidade pode ajudar as equipas menores a superar as probabilidades.