Era uma vez, Brad Keselowski era uma força da natureza no circuito da NASCAR. Nos seus dias na Team Penske, ele era um modelo de consistência, precisão e velocidade implacável—um piloto que podia dominar em qualquer pista, desde superspeedways a ovais curtos. Com 36 vitórias na Cup Series e um campeonato em 2012 no seu currículo, “Bad Brad” era sempre uma ameaça ao título.
Mas esses dias parecem uma memória distante agora.
Desde que deixou a Penske em 2021 para enfrentar o desafio de ser tanto piloto como co-proprietário na RFK Racing, a trajetória da carreira de Keselowski tomou um rumo diferente. Embora tenha sido fundamental para revitalizar a RFK, a grande questão permanece: Será que Keselowski, o piloto, alguma vez recuperará a sua antiga glória?
Se perguntar a Kevin Harvick, a resposta é simples: Não.
A Opinião Direta de Harvick: “Não Vejo Outro Campeonato no Futuro de Keselowski”
No seu podcast Happy Hour, Harvick não se conteve ao discutir o declínio de Keselowski.
“Será que Brad Keselowski alguma vez voltará a ser o que era na Penske?” perguntou Harvick. É uma pergunta justa—durante o seu tempo na Penske, Keselowski foi um contendor perene, terminando entre os 10 primeiros em pontos nove vezes em 12 temporadas.
Mas desde que se juntou à RFK Racing, a história tem sido diferente. Enquanto Keselowski desempenhou um papel fundamental na reestruturação da competitividade da equipa, as suas performances em pista não conseguiram atingir o padrão que outrora estabeleceu.
“Vimos flashes de brilhantismo daquele carro ao longo dos últimos anos,” admitiu Harvick. “Mas isso acontece em pequenos momentos. Simplesmente não tem estado onde precisa estar para voltar ao modo de campeonato.”
E os números corroboram isso. Desde que Keselowski assumiu o comando da RFK em 2022, ele conseguiu apenas uma vitória—a corrida de Darlington de 2024. Entretanto, o seu colega de equipa Chris Buescher venceu cinco vezes no mesmo período.
Buescher: O Novo Alfa da RFK?
Harvick não é apenas crítico em relação a Keselowski—ele elogia Chris Buescher.
“Buescher é um dos pilotos mais subestimados do desporto,” disse Harvick, referindo-se à sua temporada de destaque em 2023, onde conquistou três vitórias e uma média de classificação de 12.2, o melhor da sua carreira. Em contraste, Keselowski terminou em oitavo na classificação mas não conseguiu fazer uma corrida profunda nos playoffs.
Em 2024, Buescher permaneceu uma força consistente, garantindo uma vitória (Watkins Glen), seis classificações entre os cinco primeiros e 16 entre os dez primeiros—superando Keselowski em fiabilidade geral. Mesmo que a vitória de Keselowski em Darlington tenha posto fim à sua seca de vitórias de vários anos, fez pouco para mudar a percepção de que Buescher é o condutor mais fiável na RFK.
Um Papel de Liderança ou um Legado nas Corridas?
O ceticismo de Harvick não se resume apenas à velocidade—é sobre sustentabilidade.
“Não acho que veremos outro campeonato de Keselowski,” afirmou Harvick de forma direta. “Simplesmente não o vi ainda.”
É uma avaliação dura, mas não injusta. Keselowski trocou a sua vantagem de vitória pelas responsabilidades da propriedade da equipa? Está ele mais focado em construir o futuro da RFK do que em recuperar a sua própria glória passada?
Com a RFK Racing a subir, não há dúvida de que Keselowski está a ter um impacto—como líder, estratega e arquiteto do sucesso da equipa. Mas ainda pode ser um condutor de calibre de campeonato nesta nova era?
Por agora, Harvick não está convencido. E olhando para os números, é difícil discordar dele.